No início da pandemia, um vídeo falso divulgado nas redes sociais “denunciava” um eventual desabastecimento na Ceasa de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, provocado pelo fechamento das atividades econômicas. E depois de quase quatro meses de investigações, a Polícia Civil concluiu que o suspeito, de 48 anos, agiu somente para gerar pânico e alarmar a população.
O conteúdo chegou a ser divulgado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), mas foi apagado após a estatal negar qualquer problema no local – na época, Bolsonaro pediu desculpas. O homem teria gravado a publicação durante o fim do expediente no local, quando as galerias ficam vazias por conta da venda dos alimentos.
De acordo com a corporação, o delegado responsável pelo caso verificou a prática do artigo 41 da Lei de Contravenções Penais, quando é provocado “alarme, anúncio de desastre ou perigo inexistente” para gerar pânico e tumulto. O homem chegou a ser ouvido pela Polícia Civil e teria alegado que não esperava que o vídeo ganhasse tamanha repercussão.
O caso já foi enviado ao Juizado Especial Criminal em Contagem e o suspeito pode receber pena de prisão, de 15 dias a seis meses, e até ter que pagar multa. A publicação já foi removida de todas as redes sociais.
O Tempo