Nesta quarta-feira, 17, a Polícia Civil concluiu o inquérito que apurava suspeitos de realizarem “rachas” de motocicletas, que são corridas ilegais, em Araxá. Os envolvidos foram encontrados e presos no último domingo, 14. As motocicletas foram apreendidas.
Os envolvidos também foram devidamente indiciados pelos crimes previstos nos artigos 308 e 311 do Código de Trânsito, com penas que poderão superar quatro anos de detenção, uma vez que além de realizarem as manobras, seis deles fugiram em alta velocidade, expondo a risco a integridade física própria e de terceiros. Quatro dos investigados também foram indiciados por corrupção de menores, uma vez que praticavam os crimes juntamente com um adolescente. Para estes, as penas poderão ultrapassar nove anos de detenção.
As apurações tiveram início quando, no dia 14 de junho, em dois momentos distintos, a Polícia Militar realizou operação no Distrito Industrial de Araxá, que culminou com a prisão de seis indivíduos e apreensão de um adolescente, os quais, utilizando-se de motocicletas, faziam malabarismos, exibição de manobras de perícia e disputas sem a devida autorização. Os envolvidos registravam as manobras e postavam em redes sociais. Seis motocicletas e uma motoneta foram apreendidas e estão recolhidas em pátio credenciado pelo Detran-MG.
Exceto o adolescente, os demais investigados foram presos em flagrante delito, conduzidos para a Delegacia de Polícia de Plantão, onde foram autuados em flagrante delito. Depois de pagarem fiança, foram colocados em liberdade, enquanto o adolescente, entregue ao representante.
Na conclusão do inquérito, a Polícia Civil representou pela manutenção da apreensão, futura alienação pública e perda dos veículos, com reversão dos valores obtidos juntamente com aqueles relativos a fiança para entidades do terceiro setor ou órgãos públicos e serem aplicados em ações de saúde ou segurança pública.
“Para a Polícia Civil, é incompreensível como determinadas pessoas ignoram o delicado momento que a sociedade vive. Diante de grave pandemia, com sérias restrições de atuação dos órgãos de defesa social, os indiciados se organizaram para afrontar as leis e regras mínimas de convivência, expondo a integridade física e a vida própria e de terceiros”, destaca o Delegado Renato de Alcino Vieira.