A Polícia Civil (PC) recebeu a denúncia de que mais uma criança de 3 anos teria sido abusada sexualmente dentro do Colégio Magnum do bairro Cidade Nova, em Belo Horizonte. O suspeito dos dois crimes é o mesmo, um auxiliar de educação física, que tem 25 anos.
Após o primeiro caso suspeito de estupro de vulnerável ter vindo à tona, no último sábado (5), a mãe de mais um aluno da instituição procurou a Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca) para relatar que o filho também teria sido vítima do suspeito.
A mulher foi até a delegacia, na noite de domingo (6), para denunciar o rapaz. O inquérito corre em sigilo. As duas ocorrências estão sendo apuradas pela delegada Thais Degani.
Por meio de uma nota, a PC informou que as investigações sobre as denúncias de estupro de vulneráveis já estão em andamento. “A Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente realiza várias diligências para coleta de dados, procedendo com escutas especializadas realizadas por psicólogos, como o caso requer, visando o esclarecimento total para remessa à Justiça. A Delegada responsável pelo caso, Thais Degani, lembra que inquéritos policiais que envolvem menores de 18 anos devem ser mantidos em sigilo”, conclui o texto.
No sábado, o Colégio Magnum se manifestou sobre o caso, garantindo que o funcionário que teria abusado da criança não trabalha mais na escola. “A instituição está à disposição dos órgãos competentes e empenhada para que tudo seja esclarecido com urgência e celeridade”, comunicou.
Nesta manhã, o Magnum se reuniu com os pais dos alunos da mesma sala da vítima para esclarecer a situação. A instituição ainda não se manifestou sobre a segunda denúncia.
Violência
Segundo o primeiro boletim de ocorrência, de 28 de setembro, a mãe foi até uma delegacia para denunciar que o filho teria sido violentado. No depoimento, a mulher alegou “que seu filho ficava tentando beijar sua boca, atitude não comum entre mãe e filho” e que, ao questionar o comportamento, ele respondeu que teria aprendido isso com o suspeito.
Ainda de acordo com a mãe, o aluno “foi forçado a tocar no pênis do autor e que o autor tocou no pênis da vítima”. De acordo com a Polícia Militar, a mãe voltou a questionar a criança, que, por sua vez, fez gestos indicando que teria feito sexo oral com o rapaz.
O segundo caso teria sido semelhante, com a criança relatando situações parecidas com as denunciadas anteriormente.
Confira a nota do Colégio Magnum na íntegra:
“Nesta sexta-feira, 4 de outubro, a direção da escola ouviu os relatos dos pais sobre a mudança de comportamento do filho e sobre a conduta de um colaborador.
Imediatamente, foram colocadas à disposição da família as assessorias jurídica e psicológica, e o profissional envolvido foi afastado de suas funções para auxiliar na transparência das apurações.
No domingo, todos os gestores e coordenadores de Ensino e Formação da instituição estarão reunidos para estabelecerem medidas de apoio aos familiares e ao corpo discente, em relação ao caso. Também foi agendada uma reunião com os pais da turma do aluno, que será realizada na segunda-feira, 7 de outubro.
A instituição está à disposição dos órgãos competentes e empenhada para que tudo seja esclarecido com urgência e celeridade”.
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