O comando do 17º Batalhão da Polícia Militar (PM) de Uberlândia, enviou ofício à justiça local, na Vara dos Crimes Contra a Pessoa, comunicando a demissão do Sargento Clóvis Durade Cândido Dantas. O ex-sargento é acusado do assassinato da professora Veridiana Rodrigues Carneiro, em outubro de 2015, no Bairro Santa Mônica. Durade foi expulso da Polícia Militar de Minas Gerais e a decisão foi divulgada no Diário Oficial de Minas Gerais no dia 7 de julho de 2017.

O Processo Administrativo Disciplinar (PAD) instaurado pela corporação e a decisão final foi do governo de Minas Gerais na pessoa do governador Fernando Pimentel. O comando da PM em Uberlândia aguarda a transferência do ex-policial para um presídio comum, pois desde o dia do crime ele está preso em uma cela do batalhão.

Em entrevista exclusiva com a TV Vitoriosa e Portal V9 Vitoriosa, o advogado de defesa, Júlio Antônio Moreira, informou ter entrado com um mandado de segurança junto ao Tribunal de Justiça Militar do Estado de Minas Gerais para tentar cancelar a exclusão de Clóvis Durade. A ação que deve ter resposta em até 15 dias.

Relembre o caso

Veridiana Rodrigues e Clóvis Durade tiveram um relacionamento de 1 ano, que terminou. Sem aceitar o fim do relacionamento, no dia 27 de outubro de 2015, o ex-policial esperou a vítima sair do trabalho, perseguiu a pé e atirou nela no meio da rua. Foram 13 tiros. Todo o crime foi flagrado pelas câmeras de segurança da Avenida Dr. Laerte Vieira Gonçalves, Bairro Santa Monica. Durade corre atrás de Veridiana e mata com tiros à queima-roupa. O então sargento da Polícia foi preso em flagrante.
De acordo com o advogado de defesa do réu, há anos Durade sofre de problemas psiquiátricos, adquiridos ao longo dos 30 anos de trabalho como policial militar. Ainda segundo ele, o júri popular está previsto para setembro deste ano. A data, porém, ainda não foi marcada.
Durade foi acusado de homicídio duplamente qualificado: que impossibilitou a defesa da vítima, e feminicídio – que foi retirado e substituído por vingança. No entanto, a defesa conseguiu junto à justiça retirar as qualificadoras, sob a alegação de que Clóvis Durade não tem plenas faculdades mentais, pois sofre de problemas psiquiátricos e estaria semi-imputável, incapaz de premeditar o crime. Ele será julgado por homicídio simples.
Em uma decisão da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais publicada em abril, o advogado conseguiu diminuir da acusação duas qualificadoras e o cliente será julgado por homicídio simples.

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