São 48 policiais lotadas em três unidades prisionais da 9ª Risp; capacitação é teórica e prática e tem disciplinas como tiro prático e defesa pessoal

 

Algemação, treinamento de tiro prático, bastão e tonfa, instrumentos de menor potencial ofensivo e defesa pessoal. São essas as disciplinas que fazem parte do Treinamento Prisional Básico oferecido a 48 policiais penais femininas da 9ª Região Integrada de Segurança Pública (Risp). Elas trabalham no Presídio de Araguari, no Presídio e na Penitenciária de Uberlândia, no Triângulo Mineiro. O curso tem uma semana de duração, e está dividido em duas turmas. A primeira fez o curso nesta semana, com início na última segunda-feira, 2/5. E a segunda terá aulas entre o dia 9 de maio e a próxima sexta-feira, 13/5.

 

As aulas acontecem nas instalações do Grupamento de Intervenção Rápida (GIR) do Presídio de Uberlândia, exceto a de tiro prático, que é realizada em um estande de tiro fora da unidade prisional. O treinamento é ministrado por cinco policiais penais instrutores credenciados pelo Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG) e pela Superintendência Educacional de Segurança Pública, da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp).

Imagem Sejusp 

Segundo o diretor-regional da 9ª Risp, Marcus Vinicius de Oliveira, o objetivo é capacitar e reciclar o conhecimento das policiais penais. “O curso vem para reforçar o trabalho feito diariamente por essas mulheres; elas passam por diversas situações no cotidiano de trabalho e terão que reagir e fazer frente. Por isso, a capacitação continuada está sendo promovida para trazer esse conhecimento e a proximidade com a realidade, para que elas possam, em qualquer situação, ter a sua capacidade de resposta pronta e atualizada. Isso é essencial para um bom trabalho”.

 

Todas as participantes serão certificadas com diploma. A iniciativa faz parte de um dos objetivos da atual gestão da Sejusp, de capacitar e reciclar o conhecimento de seus servidores, tornando-os cada vez mais habilitados para atuar nas mais diversas situações. A policial penal Larissa Pelegrino é uma das capacitadas e conta que já vai colocar em prática no seu dia a dia as técnicas que aprendeu na aula de Algemação. Larissa atualmente está no Grupo de Escoltas Táticas (Getap) do Presídio de Uberlândia.

Imagem Sejusp 

“Agora tenho muito mais segurança e confiança para fazer a algemação, com as técnicas que aprendi no treinamento. Vou ter um melhor desempenho no meu procedimento”, diz. “A capacitação foi excelente, nos meus quase 19 anos no sistema prisional nunca tinha vivenciado situações, mesmo que simuladas, como a que experimentei dentro de um pavilhão sob estresse, e como atuar nessas horas de pressão. O curso me deu vontade de buscar mais aperfeiçoamento, me dedicar e aprender mais”.

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A situação a qual Larissa se refere é uma simulação em que as policiais penais femininas experimentaram em um pavilhão desativado, onde tiveram que encenar a retirada de um preso que passava mal, com a agitação dos outros presos, como relata o instrutor Jaderson Thiago Izael da Silva. “Trouxemos para elas ensinamentos básicos, mas que ao mesmo tempo mostrassem outras rotinas. Dessa forma, elas foram levadas para um outro cenário, no qual a tomada de decisão sob estresse é muito importante”.

Izael aprendeu todas as técnicas e ensinamentos nos cursos oferecidos pela Sejusp, e tornou-se um multiplicador da 9ª Risp, repassando seus conhecimentos para os colegas. Ele é, atualmente, coordenador do GIR do Presídio de Uberlândia. “Também apliquei um pouco da minha experiência diária. Nada foi diferente para elas, por serem mulheres. Na Polícia Penal de Minas Gerais não há distinção por sexo”.

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Fernanda de Paula – Sejusp

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