Em apenas quatro dias, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) apurou a morte de uma menina de 10 anos, ocorrida no distrito de Furquim, zona rural de Mariana, no último dia 14. O ajudante de serviços gerais, 24 anos, suspeito de matar violentamente a vítima, foi preso temporariamente nessa segunda-feira (17).

As investigações tiveram início após o desaparecimento da vítima. Segundo apurado, a criança teria feito o caminho da casa dela até a casa da avó, como de costume, em uma trilha no meio da mata. No dia seguinte, o corpo da menina foi encontrado sujo e com diversos hematomas, escondido ao lado de uma pedra e coberto com folhagens, a cerca de dois quilômetros da casa da vítima.

O Delegado Cristiano Castelucci Arantes explica que a PCMG chegou ao suspeito, que já é conhecido nos meios policiais, devido ao local em que foi encontrado o corpo da vítima. De acordo com as investigações, pouco antes de cometer o homicídio, o homem teria furtado uma residência, subtraindo um aparelho de TV e um botijão de gás. “A criança caminhava pela trilha e se deparou com o suspeito com os objetos que havia acabado de subtrair. Nesse momento, com receio de ser reconhecido e delatado, ele teria cometido o crime”, detalhou o Delegado.

O botijão de gás foi vendido a uma senhora da comunidade, que também foi identificada e responsabilizada pelo crime de receptação. Já a TV foi localizada escondida debaixo de uma pedra há poucos metros do local onde o corpo foi encontrado.

Segundo moradores da comunidade, o suspeito tem o costume de subtrair peças íntimas e, após utilizá-las, dispensá-las na mata. Além disso, ele também é conhecido por fazer uso de bebidas alcoólicas e de drogas, tendo o comportamento muito alterado depois de fazer uso excessivo de cocaína e crack.

O Delegado Cristiano afirma que o suspeito cometeu, ainda, crime de estupro e explica os próximos trabalhos da PCMG sobre o caso. “Nós representamos pela prisão temporária, que foi deferida pela Justiça, tendo em vista que a prisão tornou-se imprescindível para a conclusão das investigações. Agora, com a cautelar, nós podemos realizar exame de corpo de delito para apurar marcas no corpo do homem que podem estar ligadas a lesões de defesas deixadas pela vítima, também a colheita do material genético, bem como o interrogatório formal e indiciamento do suspeito”.

Cristiano acrescenta que serão imputados ao suspeito quatro crimes: homicídio qualificado (pena de 12 a 30 anos de reclusão), estupro de vulnerável (pena de oito a 15 anos de reclusão), ocultação de cadáver (um a três anos de reclusão) e furto (um a quatro anos de reclusão).

PCMG

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