Para a delegada, José Edson finge distúrbio mental – Imagem: Carlos Vilela / TV Vitoriosa

A Polícia Civil de Minas (PCMG), em Uberlândia, nesta terça-feira (17), prendeu o marceneiro José Edson da Silva, de 45 anos, denunciado pela esposa por havê-la torturado quase diariamente durante 20 anos. O casal tem sete filhos juntos, dos quais quatro, com idades de 11 anos, 9, 7 e um ano e 11 meses, residem com o casal, e também são agredidos e torturados psicologicamente.

Os mais velhos, de 18 anos, 20 e 23 anos, já não moram mais com os pais. O período de silêncio da vítima somente foi quebrado após a mesma tomar conhecimento, na Delegacia, da existência de uma casa abrigo incumbida na proteção de vítimas.

De acordo com a delegada Alessandra Rodrigues da Cunha, um fato que chamou a atenção da polícia é que o menor de 11 anos era coagido pelo pai a bater na mãe da mesma forma que o genitor fazia. Se ele se negasse, seria ele o agredido, e é o que acontecia, pois o garoto se negava a agredir na mãe.

No momento da apresentação à imprensa, José Edson estava de mãos trêmulas e conversa desconexa, comportando-se como quem tem um transtorno mental. Mas a polícia constatou que o homem apenas simula distúrbio. Para a delegada, o que ele teria feito com a família nos últimos 20 anos, foi em sã consciência e de uma frieza que assusta até mesmo a ela, que está acostumada com crimes violentos.

Ela afirma que o filho de 11 anos já pensava em como iria matar o pai. José Edson ficou preso por três dias em março, depois de denúncia anônima de agressão. Na segunda-feira ele voltou a ser preso, e desta vez, alguém da própria família resolveu entregá-lo.

Em certo momento da entrevista José Edson admite ter sido violento com um dos filhos. De acordo com os depoimentos as sessões de torturas aconteciam há pelo menos 20 anos, mas ele diz que não foi tanto tempo assim.

O homem foi preso na casa do irmão após um mandado de prisão preventiva e levado para o Presídio Professor Jacy de Assis. A mulher e os quatro filhos foram levados para um abrigo.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *