Produto de alto valor e exportado para uso na indústria farmacêutica foi furtado por funcionário de frigorífico em Ituiutaba e seria vendido para um receptador de Goiás. A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) prendeu em flagrante um homem, identificado como Roberto Antônio de Freitas, 35 anos. O suspeito é funcionário de um frigorífico da cidade e estaria subtraindo cálculo biliar do fígado de bovinos durante o processo de abate. Em continuidade aos trabalhos, a equipe autuou em flagrante Christiano de Paula Gomes, 46, por tentativa de receptação, quando ia adquirir o produto furtado. A ação policial começou na noite dessa quinta-feira, 10, e finalizou na manhã desta sexta-feira, 11.
Conforme apurado, Roberto retirava o cálculo biliar antes que as vísceras chegassem no setor responsável por sua retirada e escondia o material em suas vestes. Posteriormente, o armazenava em recipientes plásticos e, ao final do turno de trabalho, levava o produto para sua residência. “No momento da abordagem policial, o investigado acabou por confessar que há tempos estava subtraindo o produto da empresa, e tirou 14 porções de cálculo biliar que estavam escondidas dentro de sua veste íntima”, detalha o Delegado Regional de Ituiutaba, Carlos Antônio Fernandes.
Na residência do suspeito havia mais porções, totalizando 252 gramas do produto, de alto valor de mercado. “Vale esclarecer que o grama do cálculo biliar é mais valorizado que o ouro, sendo que o grama do produto vale R$250, totalizando a quantia em R$ 63 mil”, observa ao explicar que o material é exportado, normalmente para países asiáticos, para ser utilizado na indústria farmacêutica.
Receptação
Já na manhã desta sexta-feira (11), a PCMG identificou o suspeito de adquirir os produtos. Ele teria se deslocado da cidade de Anápolis (GO) até Ituiutaba para finalizar a negociação, e foi preso em flagrante por tentativa de receptação. Christiano relatou que foi procurado por Roberto por meio de aplicativo de mensagens, sendo-lhe oferecida grande quantidade de cálculo biliar. “Ele alega não ter conhecimento de que se tratava de produto de furto”, conta Fernandes.
Roberto Antônio de Freitas foi encaminhado ao Sistema Prisional e se encontra à disposição da Justiça. Já Christiano de Paula Gomes pagou fiança, conforme previsão legal, e foi colocado em liberdade. O material já foi restituído à empresa. Os inquéritos policiais serão remetidos ao Poder Judiciário no prazo de dez dias, com o resultado de toda a investigação.
PCMG