Após pouco menos de um ano da tragédia, a Polícia Federal ainda busca saber o que causou o desabamento da barragem de Brumadinho, em Minas Gerais. Até junho, as investigações devem concluir se a tragédia será qualificada como homicídio culposo – aquele em que não há intenção de matar – ou doloso – aquele em que se mata alguém intencionalmente.

Finalizado em setembro, o primeiro inquérito indiciou 13 pessoas, sendo elas 7 profissionais da Vale e 6 da TÜV SÜD, empresa de consultoria que atestou a estabilidade da barragem. Entre os acusados está um executivo alemão, cujo depoimento é considerado fundamental para a investigação. No entanto, ele se recusa a voltar ao Brasil.

O delegado responsável pelo caso aguarda um outro laudo, que deve ficar pronto em junho. Nele, peritos brasileiros trabalham em conjunto com duas universidades europeias. São elas a de Barcelona, na Espanha, e a de Porto, em Portugal. Já se sabe que a barragem rompeu após a liquefação dos rejeitos. Agora, a tentativa é de determinar o que levou ao processo de transformação de material.

Apurações mostram que ocorreram sismos na região no dia do rompimento. Porém, eles não seriam os responsáveis pelo acidente. “Nós já sabemos que não foram as explosões daquele dia que provocaram o rompimento”, afirma o delegado Luiz Augusto. “Pode ser que as explosões, ao longo do tempo, tenham fragilizado a estrutura que veio a colapso naquele dia”, conclui.

SBT

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