Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em torno de 2,4 milhões de títulos de eleitor estão cancelados em todo o país, já que seus donos não votaram e nem justificaram a ausência nas últimas três eleições. Em Uberlândia, por volta de 30 mil eleitores se encontram nesta situação.

Por conta dessa questão, o movimento de pessoas no cartório eleitoral de Uberlândia está um pouco acima do normal para um ano em que a população não precisa votar. Vale lembrar que ter o título de eleitor cancelado pode acarretar em uma série de prejuízos, como impedir a pessoa tirar passaporte carteira de identidade e fazer inscrição e ser nomeado para cargo em concurso público.

Justamente por conta deste último motivo que a caixa Janaína Araújo procurou o cartório para regularizar sua situação junto à justiça eleitoral, já que planeja se inscrever em um concurso.

“Às vezes, a gente não pode fazer um concurso, fazer umas coisas por conta de um pequeno documento. Preciso estar em dia com o Cartório Eleitoral e com o município”, disse.

O técnico judiciário Ademilson Silva também confirmou esta tendência, justamente por não se tratar de um ano eleitoral.

“Neste ano, que não tem eleições, é mais pelos prejuízos que trazem em matrícula em estabelecimento de ensino, como o CPF, que em última situação, pode até impedir a pessoa de movimentar seu dinheiro no banco, inscrição em programa social. Essas coisas que levam o eleitor a despertar pra essa situação”, explicou.

O Cartório Eleitoral de Uberlândia funciona de segunda a sexta-feira, das 12h às 18h. Ademilson Silva lembra que quem está em débito com a justiça eleitoral precisa pagar um multa e dá uma dica para quem quer resolver a situação em um único dia.

“O pagamento (da multa) só é efetuado fora daqui, feito nas agências do Banco do Brasil. Se ela (a pessoa) quer resolver tudo em um dia, ela tem que vir com tempo hábil de passar aqui, ir ao Banco do Brasil pagar e regressar, tudo dentro do nosso horário de expediente. Senão, ela vai ter de voltar em outra data”, disse.

Informações: Carlos Vilela

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