Os partidos da coligação governamental da chanceler alemã, Angela Merkel, acordaram hoje (20) uma estratégia climática que vai representar pelo menos 100 bilhões de euros em investimentos até 2030.
Esse montante será investido na proteção do clima e na transição energética, de acordo com o texto final do acordo, alcançado após mais de 18 horas de negociações entre os conservadores do partido da chanceler (União Democrata-Cristã/CDU) e os social-democratas (SPD).
O governo planeia gastar 54 bilhões de euros nos primeiros quatro anos do plano, até 2023, disse o ministro das Finanças, Olaf Scholz.
O desafio consiste em medidas para incentivar os alemães a reduzir as emissões poluentes e permitir que o país, agora em atraso, cumpra as suas metas de redução de emissões poluentes.
O texto ainda precisa de ser adotado pelo Conselho de Ministros.
O objetivo é alcançar uma redução de 55% das emissões de CO2 até 2030 (em relação a 1990), em consonância com o acordado na União Europeia, depois de a Alemanha não conseguir cumprir a redução de 40% para 2020.
“Agora, não somos sustentáveis”, disse a chanceler alemã Angela Merkel, ao apresentar o pacote de 70 medidas antes da reunião convocado para segunda-feira (23) pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, para discutir medidas destinadas a enfrentar a crise climática.
O anúncio do acordo também ocorre no dia em que milhares de manifestantes, 100 mil, segundo os organizadores, se reuniram em Berlim junto ao Portão de Brandemburgo, no dia programado para ser uma ação global de protestos pela proteção do clima.
Nos cartazes, havia dizeres como “Quando tiver feito a sua lição de casa, nós faremos a nossa!”, “Não há planeta B” ou “Thank you, Greta”, a adolescente sueca que está por trás do movimento FridaysforFuture.
A mobilização deve ser particularmente bem-sucedida na Alemanha, onde os ambientalistas têm uma boa projeção política.
No total, as manifestações serão realizadas em 575 cidades alemãs, disse a porta-voz do movimento, FridaysforFuture, Luisa Neubauer, numa mensagem no Twitter.
Hoje, por todo o mundo, ocorrem manifestações de ativistas em defesa do meio ambiente, como na Austrália, Índia, Tailândia, Hong Kong, entre outros locais, como uma prévia da reunião de segunda-feira na ONU.
Agência Brasil