A Câmara Municipal de Uberlândia, por iniciativa da vereadora Liza Prato (MDB), realizou na tarde desta quarta-feira (10), de forma remota, a audiência pública virtual em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, Autonomia Feminina, Emprego e Renda.
O evento teve como objetivo discutir sobre os enfrentamentos motivacionais vivenciados pelas mulheres, aspectos e ferramentas para defesa, além de trazer a reflexão sobre as lutas travadas por mulheres no passado para as conquistas que são desfrutadas na atualidade.
Participaram os vereadores Amanda Gondim (PDT), Antônio Augusto Queijinho (Cidadania), Cláudia Guerra (PSDB), Gláucia da Saúde (PDT) e Thais Andrade (PV).
Estiveram presentes como expoentes Adriana Couto, diretora da Casa da Mulher, Bárbara Bissochi, Defensora Pública do Estado de Minas Gerais, Daniela Martineza, Promotora de Justiça, Jane Cunha, Advogada e Consteladora Sistêmica e Analista Comportamental, Janine Martins, presidente do Clube Soroptmista Internacional Uberlândia, Lécia Querioz, supervisora da CDL Uberlândia, Lia Valechi, delegada da Delegacia Especializa de Atendimento à Mulher, Raquel Tibery, presidente do Conselho Municipal dos Direitos das Mulheres de Uberlândia, Roberta Pennisi, empreendedora, escritora e co-autora do livro Empreendedoras de Alta Perfomace Minas Gerais, Selma Santos, advogada sistêmica, Tatiana Dias, coach empresarial, Vera Kátia, advogada, empresária e proprietária do espaço Coworking Renasência.
Ainda segundo Liza de sete em cada dez pessoas que estão na linha de frente do enfrentamento à pandemia da Covid-19 são mulheres. “São as mulheres que mais perderam seus empregos durante essa crise, além de muitas vezes estarem desenvolvendo trabalhos não reconhecidos como cuidar do lar, dos filhos e de idosos”, disse.
Para a promotora de justiça, Daniela Martinez não existe igualdade entre gênero. “Essa questão de igualdade entre masculino e feminino é uma questão cultural histórica. Sempre houve a relação de subordinação de mulheres aos homens. E quando falamos de violência contra a mulher, essa relação ela é legitimada por conta dessa cultura patriarcal. É muitas das vezes essa violência é justificada por discursos como: a roupa está mal passada, a comida está ruim”, comentou ela.
De acordo com Lécia Querioz, supervisora da CDL Uberlândia, quase 900 mil postos de trabalhos foram encerrados no Brasil em virtude da crise provocada pela pandemia, destes 65% foram postos de trabalhos femininos, o que significa 588 mil mulheres desempregadas, dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED).
“44% das empresas abertas em Uberlândia são por mulheres, isso reflete as dificuldades que são enfrentadas para que mulheres empreendam. Sem contar que são maiores os desafios para que a mulher entre no mercado de trabalho, requerendo que elas provem suas qualidades, sua capacidade técnica e gerencial”, afirma Lécia.