Foi concedido nesta terça-feira, 25, ao ex-prefeito de Uberlândia Gilmar Machado habeas corpus. Ele está preso desde 20 de setembro na “Operação Kms de Vantagem”, que investiga a prática dos crimes de organização criminosa, corrupção ativa, corrupção passiva, peculato-desvio, fraude à licitação, falsidade ideológica, uso de documento falso e lavagem de dinheiro, entre outros.

O Ministério Público Estadual investiga a contratação do serviço de vans escolares entre os anos de 2014 e 2015. Além de Gilmar Machado, o ex-secretário de Trânsito e Transportes, Alexandre Andrade e a ex-secretária de educação Gercina Santana Novaes.

Outras cinco pessoas estão presas em Goiás, onde há três foragidos. Em Uberlândia também há duas pessoas consideradas foragidas.

Os demais presos temporários da cidade e que já foram soltos são os servidores municipais no período investigado – Luciana Fernandes de Rezende, Maria Angélica Terra Teles de Oliveira, Patrícia Ramos Silva e Daniel de Almeida.

Nesta manhã de quarta-feira, 26, Gilmar Machado ainda não havia sido solto. A porta do Presídio Professor Jacy de Assis ficou cheia durante o período e a expectativa da saída do ex-prefeito foi grande devido ao habeas corpus concedido a ele pelo desembargador da 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais na tarde ontem. Mas o candidato a deputado federal pelo PT ficou mais uma noite no presídio, porque a decisão de soltura não tinha chegado para o diretor da unidade.

Oito pessoas investigadas na operação tiveram as prisões prorrogadas pela justiça. Três são de Uberlândia e cinco do estado de Goiás. As investigações que terminaram na prisão de Gilmar Machado, Alexandre Andrade e Gercina Novaes foram comandadas pelo Gaeco e começaram em 2015.

Foi apurado pelo ministério público que servidores municipais de Uberlândia tinham conhecimento das irregularidades no processo licitatório para a escolha da prestadora de serviço de transporte escolar. A cooperativa AMT-MG foi a que venceu a disputa em 2014. A empresa de Goiás, contratada sem a devida licitação pela prefeitura municipal de Uberlândia era administrada por diversas pessoas das cidades de Catalão e Goiânia.

Segundo nota do Ministério Público os donos da empresa fundaram quase uma dezena de cooperativas para fraudar licitações em três estados.

Também por meio de nota, a assessoria do ex-prefeito Gilmar Machado informou que ele sempre esteve tranquilo de sua inocência, razão pela qual não havia elementos que justificassem essa prisão injusta.

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