Depois de participar da inauguração do Centro de Radiocirurgia do Instituto do Cérebro Paulo Niemeyer, no Rio de Janeiro, o presidente Michel Temer não comentou a denúncia apresentada na quinta-feira (14) pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, por organização criminosa e obstrução de Justiça.
Na saída, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, disse que as ações anunciadas para a conclusão do hospital do IEC não serão prejudicadas pela nova denúncia.
“Estamos governando plenamente, e essas questões não interferirão na determinação do presidente Temer de entregar um país melhor do que recebeu ao seu sucessor”, disse Barros, acrescentando que “as questões jurídicas ficam com o Judiciário. Nosso negócio é governar o Brasil”.
Além do presidente, Janot denunciou ainda mais oito pessoas: os ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, e da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco; os ex-ministros Geddel Vieira Lima e Henrique Eduardo Alves; o ex-deputado Eduardo Cunha; o ex-deputado e ex-assessor de Temer Rodrigo Rocha Loures; e os executivos da JBS Joesley Batista e Ricardo Saud.
Ontem (14), a Presidência da República, em nota, classificou a nova denúncia como “marcha irresponsável para encobrir suas próprias falhas” e uma tentativa de “criar fatos” para “encobrir a necessidade urgente de investigação sobre pessoas que integraram sua equipe”. Os demais envolvidos negam as acusações e criticam a denúncia ter sido baseada em delações.
Agência Brasil