O ex-presidente Michel Temer voltou a ser preso após nova determinação de desembargadores do Tribunal Regional Federal da Segunda Região (TRF-2), no Rio de Janeiro.
A prisão preventiva do ex-presidente foi decidida após oito horas de sessão entre os desembargadores Abel Braga, Paulo Espírito Santo e Antônio Ivan Athié, o único a votar para que os sete denunciados respondessem o processo em liberdade.
Os outros dois desembargadores discordaram do relator e votaram pela prisão preventiva de Michel Temer e do amigo dele João Batista Lima Filho, o Coronel Lima. Por unanimidade, o ex-governador do Rio de Janeiro Moreira Franco e outrosquatro investigados no processo tiveram o habeas corpus mantido.
Os advogados de defesa pediram ao Tribunal que Temer e o Coronel Lima pudessem se apresentar à Justiça, ao invés de serem presos, como aconteceu em 21 de março, quando sete réus – entre eles, Temer e Coronel Lima – foram presos na Operação Descontaminação, que estima desvios de quase R$ 2 bilhões em obras da usina termonuclear de Angra 3, operada pela Eletronuclear.
Acusado de corrupção, peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa, o ex-presidente Michel Temer – que é réu em seis processos – conversou com jornalistas em frente à casa que mora logo após receber a notícia da prisão preventiva, em São Paulo.
Disse considerar a decisão inteiramente equivocada sob o foco jurídico e que em todas as questões – que está sendo julgado – não há provas. O ex-presidente também afirmou que iria cumprir a decisão da Justiça.
Os advogados de defesa vão recorrer da decisão no Superior Tribunal de Justiça e pedir que Temer possa cumprir o mandado de prisão na sede da Polícia Federal em São Paulo.
SBT