A família de Rosanne Boyland, 34, uma das vítimas fatais da invasão ao Capitólio na última quarta-feira (6 jan.), acusa o presidente Donald Trump por sua morte. Em entrevista ao jornal The New York Post, seu cunhado disse que a família implorou para que ela não fosse à manifestação.
“As palavras do presidente incitaram a invasão que matou quatro seguidores dele, por isso, acredito que a 25ª Emenda seja usada contra ele nesse caso”, disse Justin Cave em comunicado divulgado pela família. A 25ª Emenda faz parte da Constituição americana e prevê o afastamento do presidente caso ele não apresente condições de saúde de se manter no cargo.
Após uma série de prisões, Rosanne enfrentava uma luta contra o vício em drogas quando começou a se aproximar do grupo QAnon, formado por apoiadores fervorosos de Trump. Ela viu na política uma chance de recomeçar, segundo parentes ouvidos pela agência Associated Press. Um amigo que estava com ela na manifestação disse que Rosanne morreu após ter sido pisoteada por outros manifestantes ao fugirem da polícia. “Perdi uma amiga incrível”, disse Justin Winchell.
Por causa dos ataques a Trump em função da morte de Rosanne, sua família disse à AP que tem recebido uma série de ameaças. “[Acreditar na fraude das eleições] custou sua vida”, disse a irmã Lonna Cave.
SBT