Buenos Aires – O Ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, explicou que a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, para este ano, teve que ser revista de 3% para 1,6% devido a uma série de acontecimentos internos e externos. De abril de 2017 a abril deste ano, o investimento vinha crescendo, mas o consumo das famílias crescia num ritmo menor, o que levou o governo a rever as suas expectativas.
Além disso, houve uma “deterioração das condições financeiras”, com o aumento do dólar norte-americano, a greve dos caminhoneiros, e uma guerra comercial entre potencias. “Isso tudo afeta principalmente a dinâmica de investimento. E ainda temos, no caso brasileiro, a transição política, com um novo governo”, disse.
Empregos
Em entrevista em Buenos Aires, onde participa de uma reunião de ministros da Fazenda e presidentes do Banco Central do G-20 (grupo das vinte economias mais desenvolvidas), Guardia também falou sobre o emprego e o fechamento de 600 vagas em junho. Ele comparou os dados do mês passado a “uma foto” da situação, tirada num determinado momento. “Eu prefiro olhar o filme. De janeiro a junho (de 2018) nós criamos 344 mil vagas”, disse o ministro. “Todos os setores com exceção do comercio, que teve redução, todos os demais setores tiveram crescimento na criação de vagas”.
O ministro disse que o Brasil está saindo da “pior recessão da história” do país e que de julho de 2016 a junho de 2017 houve uma redução de mais de 800 mil vagas. “Então, nós revertemos isso e agora estamos criando 344 mil vagas neste ano”, disse. Segundo ele, o desempenho de junho foi certamente afetado pela greve dos caminhoneiros.
Agência Brasil