A Federação que reúne 16 grupos de operadoras de planos de saúde propôs mudanças nas regras ao governo. As empresas querem mexer no reajuste dos planos individuais, nos planos dos idosos e criar planos só para exames.

Mais de 3 milhões de brasileiros desistiram dos planos de saúde nos últimos quatro anos, e o principal motivo foi o preço da mensalidade. As operadoras estão estudando novos tipos de cobertura mais baratos, para tentar conter a fuga em massa e atrais clientes.

João Alceu Amoroso, presidente da Fernasaúde, explica os produtos com coberturas segmentadas: “ofertar ao consumidor produtos com coberturas segmentadas, de só consultas, só exames, ou só hospital, pra que as pessoas possam comprar de acordo com sua necessidade.”

As empresas também querem mudar os reajustes dos planos individuais regulados pela ANS, pois, segundo elas, os custos ficaram acima dos aumentos de preços nos últimos dez anos. O setor quer ainda um reajuste anual para quem tem mais de 60 anos, o que é proibido por lei.

O diretor-geral do Procon, Marcelo de Souza, diz que o pagamento ficaria difícil para o idoso: “Quando o idoso, a cada ano que ele for envelhecendo, haveria um reajuste previsto em razão disso. Então o pagamento se tornaria inclusive mais difícil pro idoso.”

Fernanda Lobo cuida da mãe diagnosticada com Alzheimer, Dona Ilda de 82 anos, e gasta quase R$4 mil por mês para manter uma enfermeira, remédios e oxigênio. Ela conta que a situação é difícil e critica os preços dos planos de saúde:

“Esse estágio final da doença que ainda pode durar 1, 2, 3, 5 anos, a gente não sabe, ou meses… como é que eu vou me ver no futuro com uma aposentadoria onde ela não tem aumento, e um plano de saúde com aumentos absurdos, abusivos“.

SBT

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