Após reunião com ministros no Palácio do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro criou um gabinete de crise para lidar com a situação da Amazônia. Sofrendo com queimadas de grandes proporções, a floresta se tornou motivo de trocas de acusações entre Brasil e França nesta quinta-feira (22/8).

Na reunião com Bolsonaro estavam presentes os ministros: Ricardo Salles (Meio Ambiente), Fernando Azevedo e Silva (Defesa), Ernesto Araújo (Relações Exteriores), Teresa Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo), Jorge Oliveira (Secretaria-Geral da Presidência) e Onyx Lorenzoni (Casa Civil).

Mais cedo, durante uma transmissão ao vivo na internet, Bolsonaro havia dito que se reuniria com ministros e por isso não falaria por muito tempo. O encontro com a equipe não estava previsto na agenda. O ministério do Meio Ambiente informou que divulgará nota sobre as ações que devem ser implementadas pelo novo gabinete de crise.

Desdobramentos 
O governo brasileiro foi alvo de críticas por conta das queimadas na Amazônia, que mereceram a divulgação de imagens coletadas pela agência espacial americana, a Nasa. O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, se disse, então, preocupado com a situação da floresta, e o presidente da França, Emmanuel Macron, sugeriu, no Twitter, que o tema seja disutido na reunião do G7, grupo dos países mais ricos do mundo.

Em resposta, Bolsonaro classificou as ideias do Macron como “colonialistas” e acusou o presidente francês de recorrer a imagens falsas para interferir no Brasil. Na postagem que fez na internet, o francês publicou uma foto antiga de queimada na Amazônia, feita por fotógrafo morto em 2003.

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