Segundo IBGE, é a maior alta do índice desde 2015

O IPCA — Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo — apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), fechou 2021 em 10,06%. Essa é a maior taxa acumulada no ano desde 2015, quando o índice foi de 10,67%.

Em dezembro de 2021, o IPCA recuou para 0,73%, após alta de 0,95% em novembro. Mas não foi o suficiente para manter a inflação dentro da meta do governo que era de 5,25%.

Os principais itens que contribuiram para a forte alta do IPCA foram do grupo “Transportes” com variação de 21,03%. Em 2021, os preços dos combustíveis subiram 49,02%. Entre eles, a gasolina subiu 47,49% e o etanol 62,23%. Os veículos novos registraram alta de 16,16% e os usados, 15,05%. As tarifas dos transportes pode aplicativos subiram 33,75%.

Outro grupo que impactou a inflação foi o da “Habitação”, com alta de 13,05%. A principal contribuição veio da energia elétrica, que subiu 21,21%. Outro destaque foi o preço do gás de botijão que subiu 36,99% no ano passado.

O IBGE destaca, ainda, o grupo de “Alimentação e bebidas” que registrou alta de 7,94%. No subgrupo, pesaram no bolso do consumidor os preços de itens básicos como café (50,24%) e açúcar (47,87%). Na contramão, o arroz teve queda de 16,88%.

O gerente do IPCA do IBGE, Pedro Kislanov, disse que “a alta do café ocorreu principalmente no segundo semestre, pois a produção foi prejudicada pelas geadas no inverno. Já o preço do açúcar foi influenciado por uma oferta menor e pela competição pela matéria prima para a produção do etanol”.

Economistas explicam que a inflação alta implica na queda do poder de compra da população. Os reajustes salariais acabam sem ganho real e, ainda, aumenta a pobreza em todo o país.

SBT NEWS

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