Presidente da República ainda prometeu, até o final do mandato, isentar do IR quem ganha até R$ 5 mil
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira (23) que o governo fará alterações para isentar do Imposto de Renda quem ganha até dois salários mínimos.
“A gente resolveu desonerar as pessoas que ganhavam até R$ 2,6 mil. Com o reajuste do salário mínimo as pessoas que ganham dois mínimos parece que vão voltar a pagar Impostos de Renda, mas não vão, porque nós vamos fazer as mudanças agora para que quem ganha até dois mínimos não pague Imposto de Renda”, disse Lula em entrevista à Rádio Metrópole, da Bahia.
Até o final do mandato, o presidente afirmou que pretende cumprir uma promessa de campanha de isentar do IR pessoas que ganham até R$ 5 mil por mês.
“Eu tenho um compromisso de chegar no fim do meu mandato com isenção para todas as pessoas que ganham até 5 mil. É um compromisso de campanha, mas sobretudo é de muita sinceridade. Neste país quem vive de dividendo não paga imposto de renda, mas quem vive de salário paga imposto de renda”, acrescentou.
Lula voltou a fazer críticas ao governo Jair Bolsonaro e definiu o ano de 2023 como “glorioso”. Ele afirmou que pegou o Brasil quebrado e está reconstruindo sem vender ativos, como a Petrobras e Eletrobras, e ampliou os investimentos em diversas áreas.
Perguntado sobre a relação com o Congresso, o presidente da República afirmou que o governo precisa dialogar com os parlamentares eleitos pelo povo e fez alguns acenos ao citar a “compreensão” dos parlamentares com o governo federal.
Nesta segunda-feira (22), Lula sancionou o Orçamento de 2024 com vetos de R$ 5,6 bilhões às emendas de comissão, controladas por deputados e senadores. A medida foi mal vista pelos congressistas.
“Quando eu mando projeto de lei (PL) para o Congresso, eu não quero que os deputados aceitem com muita tranquilidade aquilo que mandei, e aprove. Eu mando o PL na expectativa que eles vão discutir emendas, que vão ser contra, que vão ser a favor e que nessa discussão a gente encontre um caminho do meio e aprovar uma coisa que seja plausível para o benefício do povo brasileiro”, disse.
O chefe do poder Executivo ainda lembrou da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da transição, aprovada pelo Congresso para garantir ao governo atual um orçamento exequível antes mesmo de tomar posse. “É a primeira vez que um presidente começa a governar antes de tomar posse. Porque o, não vou falar o nome dele, mas ex-presidente era tão incompetente que ele não tinha deixado dinheiro nem para cumprir o próprio compromisso dele”, completou o presidente.
SBT News