Cultura da cana-de-açúcar representa uma das mais importantes cadeias do agronegócio estadual

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, acompanhou a abertura da Safra Mineira de cana-de-açúcar, principal matéria-prima para a produção de etanol no Brasil. Durante o evento desta sexta-feira (26/04), realizado na fazenda Santa Vitória, em Uberaba (MG), Silveira comemorou a aprovação do Projeto de Lei que cria o Programa Combustível do Futuro e destacou a importância do aumento gradual da adição de etanol na mistura da gasolina C.

Durante a participação no lançamento da safra, Silveira apresentou as políticas públicas do MME para o desenvolvimento do setor energético, do agronegócio e da agricultura familiar. Um desses programas é o Combustível do Futuro, já aprovado pela Câmara dos Deputados e com forte expectativa de aprovação pelo Senado Federal.

“Da última vez em que estive aqui, tínhamos o plano de ampliar a mistura do etanol para 30%. Agora, temos no horizonte o E35, podendo chegar a até 35% de etanol na composição da gasolina. Vamos dar exemplo de descarbonização na nossa matriz de transportes de mobilidade. E vamos fazer isso através dos biocombustíveis. Nós temos solo, água, clima favorável, tecnologia e necessidade de gerar empregos”, destacou Silveira.

Outro ponto abordado pelo ministro e que faz parte do Combustível do Futuro é a inclusão do combustível sustentável de aviação (SAF) e do diesel verde na matriz energética brasileira. Ambos os combustíveis renováveis têm mandatos de mistura previstos às versões derivadas de petróleo, criando novos mercados para o Brasil. “Essa nova indústria que vem aí vai utilizar as matérias-primas do etanol, como a vinhaça e a torta de filtro. Vamos descarbonizar gerando divisas, fazendo políticas públicas de verdade e aumentando a participação dos biocombustíveis”, finalizou.

SAFRA MINEIRA

Para Minas Gerais, o setor sucroenergético desempenha um papel crucial na agenda econômica e de energia limpa e renovável, contribuindo significativamente para a transição energética em direção a uma economia de baixo carbono. No estado, há 36 usinas em operação, com produtores em 108 dos 853 municípios mineiros, e quase 170 mil empregos relacionados ao setor.

“Já são muitos anos que eu venho para essa abertura de safra da cana-de-açúcar, não só pela importância desse setor para Minas Gerais, para o Brasil e o mundo. Isso porque ficou claro para todos nós a necessidade de debatermos, por uma questão de soberania energética e alimentar, o papel do Brasil como grande líder global da transição energética, título que continuamos honrando”, pontuou o ministro.

A expectativa é de que a moagem de cana-de-açúcar repita o recorde da safra anterior, cerca de 80 milhões de toneladas. Já a produção de açúcar deve superar o recorde alcançado na safra anterior, com 5,97 milhões de toneladas. O número é 10% maior do que a safra 2023/2024. A produção de etanol anidro e hidratado devem atingir, somadas, 2,8 bilhões de litros em Minas Gerais.