O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, confirmou nesta sexta-feira (26), durante um encontro com representantes do BRICS, no Rio de Janeiro, que o Brasil indicou o filho do presidente da República, Eduardo Bolsonaro, para a embaixada do país nos Estados Unidos.
Ernesto Araújo ainda afirmou que já pediu o “agrément”, isto é, uma espécie de concordância, ao Governo norte-americano.
“Esse pedido de agrément é uma coisa que ocorre de acordo com a praxe diplomática, até, seus canais próprios, mas reitero a minha grande certeza que, a ser concedido esse agrément pelo governo americano, que o Eduardo Bolsonaro seria um extraordinário embaixador em Washington”, declarou o ministro.
A escolha do filho do presidente Jair Bolsonaro, no entanto, não foi abordada no encontro, que trouxe ao Palácio do Itamaraty os chanceleres de Rússia, China e África do Sul. A Índia mandou apenas um representante do ministro.
Em seu discurso, na reunião, Ernesto Araújo disse que a comunidade Internacional precisa ouvir o que chamou de “grito por liberdade dos venezuelanos”. Ele ainda descreveu o governo de Nicolás Maduro como “um regime que se sustenta unicamente pela força e que produz a miséria e o sofrimento de seu povo”.
Já o ministro russo, Sergey Lavrov, rebateu Araújo, afirmando que a Venezuela não precisa de intervenções externas.
Neste ano, o Brasil exerce a presidência rotativa do grupo, por isso, é o responsável por coordenar as atividades e apresentar iniciativas de cooperação. O país também será sede da décima-primeira reunião da cúpula dos BRICS, que será realizada em novembro, em Brasília.
SBT