Esta edição do PJ Minas mobilizou quase dois mil estudantes de 63 municípios e 12 polos regionais, 248 escolas, 149 monitores e 133 coordenadores – Foto: Ricardo Barbosa

Na antessala do Plenário, uma exposição com fotos que fazem a retrospectiva dos 14 anos do Parlamento Jovem de Minas 2017 (PJ Minas) ao lado de imagens enviadas via redes sociais pelos participantes da edição 2017. Essa foi a recepção dos estudantes para a plenária estadual do projeto, realizada na última sexta-feira (22).

Mais de cem jovens, de várias regiões do Estado, se reuniram para discutir e votar as propostas que devem compor o documento final, a ser entregue para a Comissão de Participação Popular da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), sobre o tema desta edição: “Educação política nas escolas”.

Projeto de formação política e cidadã de estudantes dos ensinos médio e superior, o PJ Minas é realizado pela ALMG por meio da Escola do Legislativo, em parceria com a PUC Minas e com câmaras municipais.

Representantes dos polos regionais onde algumas discussões foram realizadas em etapas anteriores do trabalho estão na ALMG desde da última quarta-feira (20) em atividades que foram de palestras a oficinas. O ápice do encontro é a plenária estadual, que começou na manhã desta sexta (22), com as fotos oficiais dos grupos.

O deputado Bosco (PTdoB) presidiu a mesa de abertura dos trabalhos e falou sobre sua trajetória na política, ressaltando que iniciou na juventude com participação em eventos, discussões e depois com sua eleição, em 1992, para vereador em Araxá (Alto Paranaíba).

“Se queremos um futuro melhor para nós, nossas famílias, nossas escolas e nossas cidades, precisamos participar ativamente da política. Nosso futuro passa necessariamente pelas decisões políticas”, disse o parlamentar.

Ele também leu mensagem do presidente da ALMG, deputado Adalclever Lopes (PMDB), na qual destacou a importância do projeto para familiarizar os jovens sobre a organização e funcionamento dos Poderes, especialmente o Legislativo, e para prepará-los para o compromisso democrático.

O crescimento do projeto nos últimos anos, com a participação de um número cada vez maior de municípios e de jovens, foi destacado pelo deputado André Quintão (PT). Ele também falou sobre o tema desta edição e disse que uma escola cidadã é aquela que forma os alunos para defender a democracia e os direitos sociais.

Oportunidade de aprendizado para os jovens

Educar sobre e para a cidadania foi ressaltado pela gerente-geral da Escola do Legislativo, Ruth Schmitz, como um dos principais objetivos do projeto, que ela considera que tem sido cumprido ao longo dos trabalhos.

O pró-reitor da PUC Minas, Wanderley Chieppe de Felipe, disse que o trabalho é uma oportunidade de aprendizado tanto para os participantes quanto para os alunos universitários que ajudam na condução das discussões.

Ele salientou a importância do tema escolhido, especialmente no atual momento político do País. “Vivemos uma onda de intolerância e algumas pessoas não querem que se fale de política nas escolas. Então, para que serve a nossa educação? Quem vai poder mudar este País?”, disse.

Grupos – Ao longo da manhã, foram feitos destaques das propostas apresentadas pelos três grupos de trabalho nas últimas quarta (20) e quinta (21): “educação política e currículo”, “interações entre escola e sociedade na formação política dos jovens”, “educação política para uma gestão democrática e participativa nas escolas”.

À tarde, os destaques serão discutidos e as propostas votadas para construir o documento final, que será entregue à Comissão de Participação Popular da ALMG.

Projeto vem atraindo mais interessados

Esta 14ª edição do PJ Minas mobilizou quase dois mil estudantes de 63 municípios e 12 polos regionais numa série de discussões sobre o tema “Educação política nas escolas”. Foram envolvidas 248 escolas, a maioria da rede pública, além de 149 monitores e 133 coordenadores. Vinte e uma cidades participam pela primeira vez do projeto, que a cada ano tem atraído mais interessados.

Em 2018, o PJ Minas alcançará sua maior expansão desde o início do projeto. São 154 municípios inscritos, um crescimento de 144,44% em relação aos 63 que participaram da edição deste ano.

Em razão disso, o número de polos regionais que abrigam a segunda etapa do projeto deve crescer de 12 para 21, com ao menos um polo em cada um dos 17 territórios de desenvolvimento do Estado. Nos últimos dias, os participantes definiram o tema a ser tratado em 2018: violência contra a mulher.

Assembleia Legislativa de Minas Gerais

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