Recentemente o prefeito de Uberlândia foi questionado por populares na internet sobre as diversas obras feitas na cidade enquanto a saúde carece de recursos por causa do avanço do coronavírus. Em resposta o secretário de obras disse que as verbas do Programa Uberlândia Integrada não poderiam ser usadas pra outro fim. Nós fomos apurar.
A pandemia do novo coronavírus revelou algo importante na política uberlandense: o que é PRIORIDADE, especialmente em um momento onde a saúde pública ficou ainda mais fragilizada. O risco de morte pela Covid-19 trouxe pânico. Os números não param de crescer. Entre lives de anúncios as decisões trouxeram ainda mais insegurança, especialmente aos empresários.
Os ônibus do transporte público estão sempre lotados, onde não poderia haver aglomerações. Empresas na mira do prefeito, mas, para serem beneficiadas com cerca de 20 milhões de reais. O caso foi parar na justiça e até CPI na Câmara dos Vereadores foi aberta.
QUAL A PRIORIDADE, os usuários ou as empresas do transporte?
Nas unidades de Atendimento Integrado, as UAIs, as filas e as reclamações só aumentam. Sem uma solução para o problema, até um hotel poderia virar um hospital. A ideia, foi usar uma estrutura hospitalar já existente e se apropriar dela, sem ter a obrigação de se construir algo, mas enquanto isso, o que é do povo é deixado de lado, abandonado.
A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Pacaembu está em coma induzido e definhando. A UPA no bairro Novo Mundo também foi deixada no corredor do abandono. E o pouco que se tinha do Córrego do Óleo, foi desmontado.
Enquanto isso, a Prefeitura de Uberlândia inaugurou uma piscina, onde ninguém poderia nadar em função da Pandemia.
QUAL A PRIORIDADE?
Utilizando-se do Programa de Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento (FINISA) da Caixa Econômica Federal a administração municipal está fazendo intervenções como a construção de viadutos, pontes, trevos, trincheiras e travessias.
Asfalto, foi colocado onde já tem. Mas ainda existem ruas em Uberlândia que sequer receberam um pouco do Concreto Betuminoso.
Em um vídeo, o vereador da base do governo, que esteve em prisão domiciliar no ano passado e foi cassado neste ano, mas conseguiu reverter a decisão graças a brechas no processo, faz o anúncio das obras da trincheira do Topas. O vídeo foi compartilhado nas redes sociais do Secretário de Obras.
Um munícipe até questiona o fato de as obras não terem parado durante a pandemia. O secretário responde que os recursos são para o financiamento específico do sistema viário, intransferível para a área da saúde. Mas, será mesmo?
A Caixa Econômica Federal foi questionada sobre a possibilidade de a Prefeitura utilizar o recurso para outras finalidades: como o próprio secretario disse: A SAÚDE. E a resposta foi AFIRMATIVA. Sim, o recurso poderia ser utilizado.
ENTÃO, QUAL A PRIORIDADE?
Rodrigo Fernandes