O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump (Imagem: Dreu Angerer/AFP/Direitos Reservados)

Cinco passageiros iraquianos e um iemenita foram impedidos de embarcar em um voo da empresa aérea EgyptAir, que vinha do Cairo para Nova York neste sábado (28). Esse é o primeiro caso de imigrantes barrados em aeroportos, depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, determinou a suspensão da entrada de cidadãos de sete países de maioria muçulmana em território norte-americano. Os passageiros barrados tinham visto para entrar nos EUA.

O presidente Donald Trump, além de suspender por meio de ordens executivas, nesta sexta-feira (27), a imigração de pessoas vindas de sete países com população predominantemente muçulmana, também determinou também o fechamento das fronteiras do país para a entrada de refugiados por 120 dias. O fechamento não estabelece prazo para o ingresso de refugiados que fogem dos conflitos na Síria. Nesse caso, a entrada em território norte-americano foi suspensa indefinidamente.

Refugiados

Além de imigrantes, que foram impedidos de viajar para nos Estados Unidos, também houve casos de refugiados barrados por funcionários da imigração em aeroportos norte-americanos. Eles tinham embarcado de seus países de origem para os de Estados Unidos antes da assinatura, pelo presidente Donald Trump, na sexta-feira, da ordem executiva que impede a entrada de refugiados.

Ainda não há informações sobre quantos refugiados foram barrados em aeroportos dos Estados Unidos. Advogados de alguns deles entraram neste sábado com pedido de habeas corpus para iraquianos barrados e detidos no Aeroporto John Kennedy, em Nova York. A ordem executiva que impede a entrada a entrada de passageiros vindos de países majoritariamente muçulmanos inclui, entre outros, cidadãos do Irã, Iraque, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iêmen.

ONU

A agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) e a Organização Internacional para as Migrações (OIM) divulgaram nota solicitando ao presidente Trump que continue a oferecer asilo a pessoas que fogem da guerra e da perseguição, afirmando que o programa de reassentamento dos EUA é vital.

“As necessidades dos refugiados e migrantes em todo o mundo nunca foram maiores e o programa de reassentamento dos EUA é um dos mais importantes do mundo”, disseram as agências de Genebra, em comunicado conjunto.

As organizações disseram ainda que a aceitação dos refugiados pelos Estados Unidos oferecia um duplo benefício: “primeiro, resgatando algumas das pessoas mais vulneráveis do mundo e, segundo, capacitando-as para enriquecer suas novas sociedades”.

Agência Brasil

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