O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou nesta 4ª feira (2 dez) que o Brasil receberá o primeiro lote das vacinas produzidas em parceria com a Universidade de Oxford e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) entre janeiro e fevereiro do ano que vem.
Segundo o titular da pasta, serão 15 milhões de doses do imunizante contra a Covid-19, do laboratório AstraZeneca. Pazuello explicou que o acordo para a vacina foi firmado por R$ 1,9 bilhão.
“No primeiro semestre, chegamos a cem milhões de doses. No segundo semestre, já com a tecnologia transferida, pronta, nós poderemos produzir com a Fiocruz até 160 milhões de doses a mais ” só aí são 260 milhões de doses”, disse Pazuello em comissão mista que analisa medidas de combate ao coronavírus.
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, chamou de “pífias” as propostas apresentadas por desenvolvedoras de vacinas ao Brasil, mas sugeriu que pode comprar o modelo da Pfizer, por meio do consórcio Covax Facility. A Pfizer ainda negocia a entrada na Covax Facility, consórcio internacional liderado pela Organização Mundial da Saúde.
“Ficou muito óbvio que são muito poucas as fabricantes que têm a quantidade e cronograma de entrega efetivo para nosso País. Quando a gente chega no fim das negociações e vai para cronograma de entrega, fabricação, os números são pífios. Números em grande quantidade, se reduz a uma, duas, três ideias”, disse Pazuello.
De acordo com Pazuello, o plano preliminar de operacionalização da vacinação da Covid-19 está em fase final de elaboração e será divulgado após a disponibilização de vacinas registradas na Anvisa. “A Anvisa é o nosso padrão ouro. E os técnicos e a equipe da Anvisa, sim, estão voltados e prontos para tratar o assunto de forma célere e direta, com mudanças de protocolos, recebimentos de documentação com submissão contínua, imediata de cada processo”, completou.
“Essas são discussões constantes da equipe do Almirante Barra. E nós precisamos compreender, de uma vez por todas, que nós só aplicaremos vacinas no Brasil registradas na Anvisa, com todos os protocolos cumpridos da maneira correta. Isso precisa ficar claro”, reforçou.
Sobre os testes que estão estocado em armazéns do governo, o ministro disse que a validade de todo o estoque será estendida. “Nós nunca partimos da premissa de que os testes vão vencer agora, está validade pequena foi dada pela Anvisa emergencialmente e ela será renovada”, disse o ministro aos parlamentares.
SBT