Em busca de ampliar o comércio entre Brasil e China no setor de aviação, o senador Carlos Viana (Podemos-MG) visita o país asiático nesta semana. O parlamentar se reuniu com diretores da Comac, empresa estatal chinesa especializada na fabricação de aviões, durante visita à fábrica em Xangai.

Viana destacou que um acordo econômico entre as duas nações, envolvendo a Embraer e a Comac, será essencial para expandir as vendas de jatos brasileiros no exterior e abrir portas para a entrada da Comac no mercado de aviação do Brasil. “Nosso objetivo é aumentar a presença dos aviões da Embraer no mercado chinês e asiático, além de promover a chegada da Comac ao Brasil. Essa parceria vai trazer mais tecnologia, desenvolvimento e empregos ao nosso país”, afirmou o senador.

A entrada da Comac no mercado brasileiro para voos regulares será uma concorrência direta com as empresas Airbus e Boeing, já que são as únicas fabricantes de aeronaves com mais de 190 assentos.

A expansão do mercado de aviação também foi discutida em uma reunião com executivos do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), instituição financeira do BRICS, bloco que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Durante o encontro, foram debatidas alternativas de financiamento para a compra de aviões em moedas diferentes do dólar, visando diminuir os impactos da variação cambial e evitar prejuízos às empresas aéreas.

É papel do Senado da República aprovar os acordos comerciais internacionais. Após aprovado em Plenário, os acordos são ratificados pelo Poder Executivo.

Corporação de Aeronaves Comerciais da China (Comac)

A empresa aeroespacial estatal chinesa foi fundada em 2008. Atualmente, tem dois modelos em funcionamento (ARJ 21 e C919), que vão de 70 até 200 assentos. Já há nove aviões C919 em voo no mercado chinês. De acordo com a empresa, o C919 já recebeu mais de mil pedidos.