Foto: Lilian Cunha – Capacitação Sarampo SRS Uberlândia

A Regional de Saúde de Uberlândia realizou, nesta quinta-feira (29/08), capacitação voltada para os profissionais da Vigilância Epidemiológica, Atenção Básica e Especializada que atuam nos 18 municípios da região, sobre a Vigilância Epidemiológica e o manejo clínico dos pacientes com suspeita de sarampo.

A rede de saúde deve estar alinhada para trabalhar de forma integrada. O plano de contingência envolve ações importantes como a vacinação, comunicação, identificação dos pacientes com suspeita de sarampo, atendimento oportuno e adequado, notificação, coleta de material, investigação e bloqueio. “Os técnicos que participaram da reunião técnica serão os multiplicadores das informações em seus respectivos municípios, e todos os profissionais de saúde precisam estar envolvidos e seguindo o protocolo para o enfrentamento do sarampo”, destacou a superintendente regional de saúde de Uberlândia, Gilda Pires de Carvalho.

O sarampo é uma doença infecciosa aguda, potencialmente grave, transmissível e altamente contagiosa. Há mais de vinte anos sem casos da doença confirmados na região do Triângulo Mineiro, muitos profissionais que atendem pacientes, tanto na rede pública, como privada, somente conhecem a doença por meio da literatura. “As discussões a nível regional proporcionam trocas de experiências, embasamento para a elaboração do plano de ação local e sanar as dúvidas”, reforçou a superintendente.

O médico infectologista, José Humberto Caetano Marins, explicou sobre os sintomas da doença, sinais de gravidade, tratamento, público que não pode ser vacinado e definição de caso confirmado. “O sarampo é uma doença que pode comprometer os tecidos pulmonares, cerebral, hepático e pele, e as sequelas podem manifestar alguns meses após a doença. A transmissibilidade é em torno de onze dias, sendo seis dias antes do exantema, a data do exantema, e quatro dias após o surgimento do exantema.”

Diante da gravidade do sarampo, que pode ser prevenido, é imprescindível que as equipes de saúde tracem estratégias para atingir a cobertura mínima da vacina tríplice viral preconizada pelo Ministério da Saúde, que é de 95%, considerando o esquema completo. Em alguns públicos, em que é recomendada a segunda dose, é fundamental que o cartão vacinal da população conste esta dose. A chamada “dose zero”, para crianças de seis a onze meses, não substitui e não será considerada válida para fins do calendário nacional de vacinação da criança.

A coordenadora de Vigilância Epidemiológica do município de Prata afirmou que são enriquecedoras as reuniões técnicas, pois as dificuldades são as mesmas e as informações qualificadas melhoram os processos de trabalho. “Sairemos daqui com a mente aberta para ampliar a cobertura vacinal, e se aparecer caso suspeito, agir rapidamente e realizar todos os procedimentos elencados no plano”, concluiu Alessandra Vigilato.

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