A Polícia Federal prendeu nesta terça-feira (23) quatro suspeitos de invadir o telefone do ministro da Justiça, Sérgio Moro.

Os quatro masdados de prisão temporária e os sete de busca e apreensão foram cumpridos em São Paulo, em Ribeirão Preto e em Araraquara, no Interior Paulista. Todos foram autorizados pelo juiz Valisney de Souza, da Justiça Federal de Brasília, no inquérito que investiga a invasão ao celular do ministro da Justiça, que está está sob sigilo.

A operação foi batizada de “spoofing”, uma forma de tentar enganar outra pessoa ou sistema de que é uma fonte de informação confiável e, na verdade, não é.

Os quatro presos serão transferidos e ouvidos em Brasília. As informações, junto com o material apreendido, serão cruzadas com investigações sobre outros ataques a autoridades, como da juíza federal Gabriela Hardt, do Paraná, e dos procuradores da Lava Jato, como Deltan Dallagnol.

Por telefone, o advogado de um dos detidos diz estranhar a prisão. Isto porque, segundo ele, o cliente não trabalha com informática e não tem antecedentes criminais.

A PF irá cruzar as informações na investigação aberta para apurar a invasão ao celular do ministro Paulo Guedes. Nesta segunda-feira (22), por volta das onze horas da noite, a assessoria do Ministério da Economia informou que um hacker teria clonado o celular de Guedes e acessado o aplicativo de conversas ‘Telegram’, que ele nunca usou. A última vez que o aplicativo foi acessado pelo número do ministro foi às onze e trinta da noite, minutos depois do aviso da assessoria.

Nesta terça-feira (23), pela manhã, Paulo Guedes telefonou ao ministro Sérgio Moro e pediu para que a Polícia Federal investigasse o caso.

Já no último domingo (21), foi a vez da líder do Governo no Congresso, deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), ser alvo de supostos ataques de hackers.

Em Brasília, estão sendo realizadas as investigações do ministro Sérgio Moro e do desembargador Abel Gomes, do Rio de Janeiro. No Paraná, de procuradores da Lava Jato e da juíza Gabriela Hardt. Até agora, apenas Moro, a juíza e o desembargador entregaram os celulares para perícia.

O diretor-geral da Polícia Federal informou ao ministro Dias Toffoli que o jornalista Glenn Greenwald, do site ‘The Intercept Brasil’, não é alvo de investigação.

Fonte: SBT

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