Na sessão realizada na Câmara Municipal de Uberlândia nesta segunda-feira, 5, o vereador Thiago Fernandes (PRP) fez um requerimento para que seja instaurada uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar irregularidades cometidas em contratos firmados pelo Departamento Municipal de Água e Esgoto (DMAE).
A ação é um dos desdobramentos da Operação Poseidon, que investiga irregularidades cometidas pela autarquia. Em entrevista ao vivo para o Chumbo Grosso 2ª Edição, o vereador disse que a intenção da CPI é investigar os contratos 158/2009, 067/2010 e 068/2010, que também estão sob análise do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco).
“A CPI nasce com o objetivo de fazer, sim, uma fiscalização profunda desses contratos que são questionados na ação do Gaeco”, explicou o vereador.
Thiago Fernandes também acredita que se a CPI for instaurada, ela também pode contribuir com o trabalho que está sendo conduzido pelo Gaeco, já que tentará descobrir outras irregularidades que ocorreram nesses três contratos.
“Nós podemos trazer aqui também depoimentos de pessoas, de empresas e funcionários. E com uma maior amplitude, não só aqueles denunciados, mas todos aqueles que trabalharam nas obras, desde não só o diretor, mas também aqueles funcionários de funções menores. As atribuições de uma CPI são grandes e trazem, com certeza, uma importante contribuição para as investigações do Gaeco”, afirmou o vereador.
Assinaturas
De acordo com o regimento interno da Câmara Municipal, para que uma CPI seja instaurada, é preciso da assinatura de, pelo menos, nove dos 27 vereadores. Até o momento, quatro legisladores já assinaram o requerimento: o próprio Thiago Fernandes, Adriano Zago (MDB), Silésio Miranda (PT) e Felipe Felps (PSB).
Fernandes acredita que deve conseguir as nove assinaturas que permitem que a CPI seja instaurada na Câmara Municipal, mas admitiu que deve encontrar resistência por parte dos líderes do governo.
“Têm muitos vereadores que querem assinar o requerimento, mas estão sendo impedidos pelo líder do prefeito, que já se mostrou contra a CPI, que estão tentando barrar isso no cunho político. Mas confiamos que esses vereadores irão ser sensíveis não a pedidos políticos, mas sim ao interesse popular”, disse.
Informações: Vinícius Lemos