O Tribunal Regional Federal (TRF) determinou a desocupação do Assentamento Glória. A Universidade Federal de Uberlândia (UFU) ficou encarregada de depositar mais de R$ 7 milhões para ajudar na reintegração do local. A decisão aconteceu nesta quarta-feira, 14, por um pedido do Ministério Público Federal (MPF).
A área, ocupada desde janeiro de 2012, abriga cerca de 15 mil pessoas em um local que pertence a universidade federal da cidade. Por isso, a decisão é que a UFU deposite R$ 7.402.340 para a reintegração de posse.
O assentamento foi invadido por pessoas do Movimento dos Sem Teto do Brasil (MSTB), que já conseguiram impedir a desocupação do local outras vezes.
O advogado que está à frente do movimento, Igino Marcos da Pastoral da Terra, contou que a decisão judicial acarretará em problema com as famílias que ficarão desabrigadas, além de forçar a realização de pedaladas fiscais à Universidade Federal de Uberlândia. “O dinheiro que é pra ser usado na saúde e educação, o Ministério Público Federal quer que seja usado para fazer o despejo”, afirmou.
Igino entrou com um recurso para que não haja desocupação e sim um acordo, em que a UFU receberá a doação de uma área de R$ 50 milhões. Ele diz que no assentamento deverá ser feito um programa de regularização fundiária.
A assessoria da UFU informou que a decisão judicial será cumprida assim que o recurso, já autorizado pelo Governo Federal, for liberado e estiver na conta da universidade.