Está preso em Uberlândia o caseiro de uma fazenda que confessou ter matado a paulada o outro colega que havia chegado há apenas 8 dias para ajudar na manutenção da propriedade localizada na BR-365, km 11. A morte ocorreu por causa de um desentendimento entre os dois na noite de sábado, 30, mas só foi informada na manhã do domingo.
A Polícia Militar (PM) chegou ao local por volta de 11h. O dono da propriedade vizinha foi quem fez o acionamento. O caseiro João Batista Silva, de 60 anos, disse ter se levantado por volta de 21h para tomar água e viu José Maurício dos Santos, 52, caído em uma poça de sangue e já sem vida. Porém não acionou socorro nem a polícia, sob a alegação de que não tem telefone celular e a fazenda fica em local isolado.
No local a cena era de luta corporal. A vítima já estava em rigidez cadavérica, com lesão na parte posterior da cabeça. Os móveis estavam fora do lugar e havia respingos de sangue em toda a parede, além de uma grande poça de sangue.
Em conversa com a nossa equipe de reportagem, João Batista disse não ter ouvido nenhum barulho na casa. Disse ainda que ele e José Maurício eram muito amigos e que a vítima “era um coitado” e que eles não brigavam.
João Batista foi conduzido para prestar depoimento e apresentou versão que não corresponde ao cenário analisado pela perícia. Logo depois João Batista confessou ter brigado com José Maurício depois de terem ingerido cachaça. A vítima teria desferido um tapa no rosto do autor, que devolveu a agressão com um golpe de pedaço de pau na parte de trás da cabeça.
A confissão foi confirmada posteriormente na presença da delegada de plantão.