As vítimas

Foi absolvido nesta sexta-feira, 9 de agosto, o quarto réu do caso Rizzo, que apura o duplo homicídio registrado em março de 2002, na cidade de Indianópolis e que chocou toda a região. As vítimas Marco Antônio Aquino e o cunhado dele Wagner Monteiro, foram atraídas para uma emboscada na zona rural. Na propriedade foram mortos a tiros, tiveram os corpos queimados e jogados em uma vala. O motivo do crime seria uma ação trabalhista movida pelas vítimas no valor de aproximadamente R$ 1,1 milhão contra José de Jesus Rizzo.

O julgamento de Daniel Ricardo Davi de Souza durou mais de 9h no Fórum de Nova Ponte. O tempo todo ele negou envolvimento com os assassinatos ou com os demais réus, que foram condenados pelos crimes. São eles o empresário José de Jesus Rizzo – 37 anos e 4 meses de reclusão; Wônimo Carlos Moreira: 36 anos e 8 meses; e Hudson Vieira – 26 anos. Apesar de condenados, os três estão soltos, respondendo em liberdade até recorrerem das sentenças.

Relembre o duplo homicídio

José de Jesus Rizzo é empresário, sócio de uma rede de educação com cinco escolas em Uberlândia e Tupaciguara. Em 25 de março de 2002, ele mandou matar um ex-funcionário após desentendimentos devido a uma ação trabalhista de aproximadamente R$ 1,1 milhão, movida em decorrência de horas extras, férias e 13º salário não pagos.

Marco Antônio, que era carpinteiro das escolas do professor, e o cunhado, foram atraídos por Hudson e Wônimo, a mando de Rizzo, até uma fazenda no município de Indianópolis, a 60 quilômetros de Uberlândia, com a promessa de que lá teriam emprego. No meio do caminho eles desviaram o carro para um matagal, onde o próprio Rizzo teria disparado os tiros. Marco Antônio ainda tentou reagir e fugir, mas acabou morto a pauladas.

Em seguida, os criminosos atearam fogo e enterraram os corpos em cova rasa.

O julgamento de Rizzo, Hudson e Wônimo ocorreu em julho do ano passado, 16 anos após o indiciamento dos acusados. Daniel ainda tinha recurso em andamento e não foi julgado junto aos outros réus.

De acordo com as investigações nos autos do processo, Daniel foi apontado como coautor do duplo homicídio e teria, segundo a denúncia, colaborado com executores e o mandante do crime. Ele foi o único dos quatro réus considerado inocente.

Rizzo e outros dois réus são condenados pelo assassinato de funcionário 16 anos atrás

Caso Rizzo – Mais um acusado de duplo homicídio é julgado hoje, 09/08, 17 anos depois do crime

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