A tragédia com o avião da Chapecoense completa três anos nesta sexta-feira (29). O acidente aconteceu na madrugada de 29 de novembro de 2016, quando o avião levava a equipe da Chape para a final da Copa Sul-Americana. A aeronave caiu há poucos quilômetros do Aeroporto de Medellín, por falta de combustível. Setenta e uma das setenta e sete pessoas que estavam a bordo morreram.
Passados três anos do acidente, as famílias das vítimas ainda cobram respostas da Justiça. “A gente espera que a Justiça fosse mais, olhasse mais para nós, não a gente toda hora ter que estar batendo nisso, relembrando, né”, desabafa a filha de Sandro Pallaoro, que era presidente da Chapecoense.
A apólice do seguro da companhia aérea Lamia não cobria acidentes na Colômbia, mesmo sabendo que a empresa operava voos com frequência no país. Desta forma, como a apólice excluía a Colômbia, onde o avião caiu, o seguro não foi pago.
“Efetivamente, a maior culpada deste acidente aéreo chama-se BISA, que é a seguradora, a qual não comunicou a agência aérea de que a Lamia não havia pago apólice de seguros. Se ela tivesse feito, pouco importaria se houve erro no plano de voo, falta de combustível, comunicação errada da torre; tudo isso teria sido subjetivo, porque o voo não teria levantado”, argumenta o advogado das famílias, Marcel Ferraz Camilo.
Nesta quinta-feira (28), o Ministério Público Federal, em Chapecó, iniciou uma ação civil pública que pede a reparação para as vítimas do acidente aéreo da Chapecoense. Esse pode ser mais um importante passo na batalha judicial dos parentes, que não buscam só indenizações, mas também esclarecimentos acerca do acidente que vitimou tantas pessoas.
SBT