Saída do ministro pode alterar os caminhos de Rodrigo Pacheco, nome preferido de Lula para concorrer ao governo de Minas em 2026
A aposentadoria precoce do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso, anunciada nesta quinta-feira (9), movimenta mais do que a composição da Corte.
Um dos candidatos à vaga do magistrado é o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG). O parlamentar, por sua vez, é o nome preferido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para concorrer ao governo de Minas Gerais em 2026 com apoio petista.
Barroso já sinalizava a cogitação de deixar o cargo precocemente há mais de dois anos. Inicialmente, a ideia era ter mais tempo junto da esposa, que passava por um tratamento médico. Tereza Barroso faleceu aos 57 anos, em 2023.
Os ministros do STF têm a aposentadoria compulsória determinada ao completar 75 anos de idade. No caso de Barroso, a data chegaria apenas em março de 2033.Com a decisão de deixar precocemente o Supremo, Barroso deixa uma vaga aberta que deve ter seu ocupante nomeado pelo presidente Lula e submetido a uma sabatina no Senado.
Essa será a terceira indicação do petista no atual mandato. Cristiano Zanin e Flávio Dino foram nomeados anteriormente.
Um dos nomes cotados à vaga é Rodrigo Pacheco. O interesse do senador em ocupar uma das vagas no STF é amplamente debatido nos bastidores de Brasília e o mineiro já recebeu manifestações públicas de apoio à empreitada por nomes como o do decano da Corte, Gilmar Mendes.
Com o nome de Pacheco na mesa, Lula agora precisará decidir se mantém sua ideia de promovê-lo a candidato apoiado pelo PT ao Governo de Minas ou se vai indicá-lo ao Supremo.
A aposentadoria de Barroso encontra um cenário de indefinição eleitoral na esquerda mineira. Com a indicação reiterada de Lula, o PT estadual corrobora o interesse em ter no senador o seu candidato em 2026 e não tem um nome estabelecido como segunda opção.