Levantamento de universidade dos Estados Unidos aponta os quesitos de acesso à justiça, inclusão e segurança em 170 países
O Instituto para Mulheres da Universidade de Georgetown, nos Estados Unidos, divulgou o estudo “Women, Peace and Security Index”, ou em português, Índice de Segurança e Paz para Mulheres, que aponta a situação da qualidade de vida para as mulheres pelo mundo. Entre os 170 países analisados, o Brasil está em 80º lugar, ao lado de Suriname e Fiji.
O levantamento avalia a inclusão das mulheres, acesso à justiça e a segurança. A pesquisa apura a situação da mulher em três categorias: inclusão, com foco em economia, educação, emprego, social e política; justiça, leis e discriminação; e segurança, nos âmbitos individual, comunitário e social, além de mais 9 indicadores.
Noruega, Finlândia e Islândia são os países com melhor qualidade de vida para as mulheres, devido a prática de políticas mais progressistas, onde os direitos entre mulheres e homens são mais equilibrados.
“As grandes conquistas nas frentes de inclusão e justiça podem ser atribuídas, pelo menos em parte, a políticas públicas que promovem um modelo de dupla renda. Nos países nórdicos, as diferenças de gênero na participação da força de trabalho são pequenas”, relata trecho do documento.
Por outro lado, Afeganistão, Síria e Iêmen ficam no final da lista, apontando que são regiões nocivas para as mulheres. Além de serem países mais pobres, boa parte das mulheres não tiveram acesso adequado a educação, não tem autonomia para ter conta bancária, e, segundo relatório, ao menos 16% das mulheres sofreram violência do parceiro em 2021.
O Brasil está entre os países da América e Caribe com a pior pontuação no âmbito da representação parlamentar: 14,8% contra 45,6% na Noruega.
A média de casas legislativas com mulheres pelo mundo é de 25,5%, ou seja um quarto dos representantes destes lugares são formados por mulheres.
Insegurança e violência doméstica
Além disso, em relação a segurança comunitária, a América Latina fica com desempenho inferior em relação a Ásia e ao Pacífico. Uma mulher em cada três se sente insegura quando anda sozinha em seu bairro à noite, enquanto no outro lado do planeta, o dado aponta quatro em cada cinco.