Polícia utilizou a mesma estratégia dos bandidos e armou um suposto encontro amoroso com o criminoso

Em São Paulo, um homem acusado de latrocínio – roubo seguido de morte – foi detido após ser atraído a um encontro amoroso com direito a sessão de cinema,  mas a suposta pretendente era uma policial civil, que o prendeu.

Henrique Guttemberg é mais um dos muitos assaltantes que mataram pra roubar, em São Paulo. Ele foi preso por ter assassinado Gabriel dos Reis, que tentou fugir do assalto, em abril deste ano. Henrique é o criminoso que chuta a vítima já baleada no chão nas imagens sempre.

Acostumada a investigar casos de roubo em que as vítimas são atraídas para falsos encontros amorosos, a polícia usou a mesma estratégia dos bandidos pra prender Henrique. Uma investigadora de polícia chamou o criminoso para uma noite no cinema. O ladrão, em poucas horas de conversa, já chamava a policial de “minha vida” e “vidona”.

A missão, porém, não foi tão fácil. O bandido pediu uma chamada de vídeo como prova. A policial, que tem cabelos loiros e olhos claros, deitou em um sofá que fica dentro do prédio da polícia pra fazer a ligação. Deu certo, o casal marcou o tal cinema em um shopping a apenas 500 metros da delegacia.

Para se gabar, ele contou para um amigo: “até o Uber ela tá pagando”, escreveu em uma mensagem. “Cinema, viado, com a loira”, disse em outra.

Os policiais acompanharam a chegada do criminoso, que passou de carro em frente à delegacia durante o trajeto. Quando entrou no estacionamento do shopping, uma viatura descaracterizada estava bem atrás do carro de aplicativo e o surpreendeu anunciando a prisão.

O criminoso ficou tão atordoado que não demorou pra confessar o crime, disse onde estavam a arma, a mochila de entregador usada como disfarce e até a jaqueta que ele vestia no dia em que ele roubou e matou Gabriel.

“A gente vê o registro de inúmeras ocorrências de pessoas atraídas por esses encontros amorosos que acabam ou sendo roubadas, sequestradas ou mortas. Foi mais ou menos utilizando o mesmo recurso deles pra esse encontro e efetuar a prisão”, conta o delegado Rogerio Barbosa Thomaz.

 

 

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