Mais de 240 mil casos da doença já foram registrados no Brasil; campanha de vacinação começa neste mês
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu, na noite de segunda-feira (5), com o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom. Acompanhado da ministra da Saúde, Nísia Trindade, o chefe de Estado discutiu uma possível parceria para a produção da vacina contra a dengue, tanto do Instituto Butantan quanto da Fiocruz.
A ideia foi aceita pelo diretor da OMS, que apontou que o Brasil pode ser um fornecedor do imunizante. Se acordado oficialmente, o esquema poderá aumentar a produção das doses no Brasil, beneficiando a população. O plano também deve elevar o número de vacinas entregues à organização, que distribui os imunizantes em países mais vulneráveis.
O diálogo entre Lula e Adhanom acontece em meio ao rápido aumento de casos de dengue no Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, o país já registra 240 mil ocorrências da doença, enquanto outras 234 estão em investigação. 36 pessoas morreram.
Cidades como Rio de Janeiro, Distrito Federal, Minas Gerais, Goiás e Acre decretaram situação de emergência. Equipes municipais percorrem casa por casa procurando focos do mosquito Aedes Aegypti, responsável pela transmissão da dengue. Em alguns locais, são usados carros para aplicação espacial do inseticida UBV, o chamado fumacê.
Nos próximos dias, o Ministério da Saúde deve divulgar o calendário de vacinação contra a dengue. A imunização começa neste mês de fevereiro, para a faixa-etária de 10 a 14 anos, em municípios selecionados. Enquanto isso, a pasta reforça para medidas preventivas contra focos da dengue, eliminando água parada dentro das casas.