O atacante português Cristiano Ronaldo, do Real Madrid, é o grande favorito para receber hoje o The Best, o troféu de melhor jogador do mundo de 2017. Se isso ocorrer, ele vai se igualar ao argentino Lionel Messi, do Barcelona, que possui cinco taças. O evento da Fifa, em Londres, servirá para consolidar o domínio dos dois astros durante a última década.
O português e o argentino protagonizam uma das maiores rivalidades da história. Para especialistas, a dupla representou um divisor de águas no esporte, dentro e fora de campo. A última vez que alguém ganhou o troféu de melhor do mundo, além da dupla, foi em 2007, quando Kaká acabou sendo o escolhido. Ainda assim, o português e o argentino já estavam no pódio.
Ambos viram a Fifa e seus parceiros mudarem o nome do troféu em várias ocasiões, assim como a forma de eleição. E, mesmo assim, continuaram soberanos. O argentino ganhou todas as edições entre 2009 e 2012, além de 2015. Já o português ficou com o título em 2008, 2013, 2014 e 2016. Para 2017, Cristiano Ronaldo é, uma vez mais, o favorito, após a conquista da Liga dos Campeões, do Campeonato Espanhol e de mais de 40 gols.
Quem lucra com essa rivalidade em busca do status de melhor do mundo é o torcedor. Nestes 10 anos, eles ganharam quase todos os torneios que disputaram pelos clubes. Foram 30 para Messi e 25, para Cristiano. Cada um à sua maneira, eles transformaram a forma de jogar. Messi, por sua habilidade, influenciou uma legião de jovens. O português, pela determinação, se transformou em símbolo de um atleta completo.
Ambos também provaram que jogadores podem ultrapassar a marca dos 30 anos ainda no topo. Messi, nesta semana, atingiu os 100 gols em competições europeias. Só um jogador, até então, havia atingido esse total: Cristiano Ronaldo.
Mas não foi apenas em campo que a influência tornou-se profunda. Na era digital, os dois embarcaram numa nova dimensão de popularidade. Virginia Rodriguez, consultora de marketing digital, coloca em números essa revolução. Mencionando dados da empresa Repucom, CR7 seria conhecido por 92% da população mundial, contra 87% de Messi. “Estamos diante de uma extensão internacional onde Messi e Cristiano Ronaldo têm uma popularidade que supera a do papa”, disse a espanhola.
Neste ano, o português passou a liderar a lista dos esportistas mais ricos do planeta, segundo a revista Forbes. Messi aparece na segunda posição.
Ambos admitem que a grande ausência em suas carreiras é o troféu da Copa do Mundo. Messi, em 2014, passou perto, ao terminar como vice. E reconheceu: trocaria as conquistas individuais na Fifa pelo título de campeão do mundo. Em 2018, ambos podem ter a última chance de reverter a história.
Brasileiro à espera
O entorno de Neymar sabe que a festa de hoje não é dele. O jogador quer deixar a premiação da Fifa em 2018 como o vencedor. Mais maduro e num clube onde veste a camisa 10, o Paris Saint-Germain, a esperança do jogador é de que 2018 seja seu ano. Para isso, também precisa de uma Copa exemplar. “Ciclos vão se encerrando e outros vão sendo abertos”, disse Marcos Motta, advogado que intermediou a maior contratação da história do futebol. “E o novo ciclo é Neymar”, garantiu.
Os finalistas
Melhor jogador
Cristiano Ronaldo — Portugal — Real Madrid
Lionel Messi — Argentina — Barcelona
Neymar – Brasil — Barcelona/Paris Saint-Germain
Melhor jogadora
Deyna Castellanos — Venezuela — Florida State Seminoles
Carli Lloyd — EUA — Manchester City
Lieke Martens — Holanda — Barcelona
Melhor técnico
Massimiliano Allegri – ITA — Juventus
Antonio Conte – ITA — Chelsea
Zinedine Zidane – FRA — Real Madrid
Superesportes
Célio ribeiro – 9790 4127