O técnico do Cruzeiro, Mano Menezes, insinuou má-fé do árbitro paulista Luiz Flávio de Oliveira em sua atuação no empate por 1 a 1 com o Vasco, nesta quarta-feira, no Mineirão, em Belo Horizonte, pela 10ª rodada do Campeonato Brasileiro. A revolta do comandante cruzeirense foi motivada por dois pênaltis não marcados, um sobre o lateral Edílson, no primeiro tempo, e outro sobre o atacante Raniel, aos 39 da etapa final.
No primeiro lance, ocorrido aos 19 minutos, quando a partida estava empatada em 0 a 0, o volante vascaíno Desábato derrubou o lateral-direito Edílson em disputa de bola próxima à linha de fundo. Imagens de TV confirmaram que o atleta cruz-maltino não visou a bola e fez a falta dentro da área.
O outro lance polêmico ocorreu aos 39 do segundo tempo, já com o placar de 1 a 1. Raniel se projetou na área na tentativa de cabecear o cruzamento de Edílson, da direita. Dentro da área, o atacante cruzeirense foi tocado no ombro. Luiz Flávio de Oliveira mandou seguir o jogo.
Em sua entrevista coletiva, Mano Menezes deixou claro, em mais de uma declaração, que Luiz Flávio de Oliveira agiu de forma deliberada, de forma a prejudicar o Cruzeiro.
“Acho que da outra vez que o Vasco veio (empate por 0 a 0 pela Copa Libertadores), ele (Vasco) segurou a gente. Hoje, seguraram a gente (Vasco e arbitragem). Foi muito vergonhoso. Não tiveram nem classe para fazer. Já que queriam fazer, pelo menos que tivessem mais competência para fazer. Hoje foi daqueles dias vergonhosos. Todo mundo viu. Também só vou falar isso sobre arbitragem, porque sou eu o chorão sempre, né? Então, hoje ficou claro para todo mundo que… Segue o baile”.
Mais à frente, Mano voltou a insinuar má-fé do árbitro paulista, do quadro da Fifa. “Quando essas coisas acontecem (pênaltis não marcados), elas realmente influenciam no comportamento de todo mundo. Mas a gente admite erros, a gente sabe que erros acontecem, eles às vezes acontecem a nosso favor também, mas acho que hoje não foram erros”, agregou o treinador, reforçando sua tese de não marcações propositais.
Por conta dos dois pênaltis não marcados, Mano Menezes considerou o empate injusto no Mineirão. Para ele, o correto seria analisar uma vitória do Cruzeiro, não a igualdade. “Eu penso que o Cruzeiro mereceu vencer o jogo e mereceu não é porque não aconteceram os lances, porque pressionou… Mereceu porque aconteceu o gol, fez o gol de empate, e aconteceram mais dois lances de penalidades máximas claras. Se (o árbitro) tivesse marcado, nós teríamos vencido a partida com mérito. E aqui estaríamos comentando uma vitória, e uma vitória bem construída. (…) Hoje foi tudo meio estranho”, completou.
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