A Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano (SP), que foi palco de um massacre na última quarta-feira (13), quando dois jovens atiradores mataram cinco alunos e duas funcionárias, vai reabrir as portas na próxima segunda-feira (18), às 10h. O dia será destinado especialmente ao acolhimento dos funcionários da escola que queiram receber atendimento psicológico.

A Secretaria Estadual da Educação informou que, neste dia, serão desenvolvidas atividades com professores e demais funcionários, com o apoio do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP), técnicos da secretaria e outros profissionais e especialistas.

Já na terça-feira (19), a escola será aberta para os alunos, que poderão participar de atividades de reflexão, rodas de conversa, oficinas de apoio psicológico, depoimentos e compartilhamento de boas práticas. No dia seguinte (20), a escola recebe a comunidade e os familiares das vítimas.

Para o prefeito Rodrigo Ashiuchi, a reabertura do estabelecimento é importante para que todos possam viver o luto e, principalmente, receber suporte psicossocial. “A educação é a base das pessoas e o pilar das famílias. A união da prefeitura com os governos estadual e federal tem um único objetivo: confortar e oferecer apoio à comunidade”, disse.

Acolhimento

Segundo a prefeitura de Suzano, o Centro de Atenção Psicossocial (Caps) Alumiar [localizado na rua Otávio Miguel da Silva, 187, no Jardim Imperador] vai realizar um atendimento estratégico nos próximos dias. O objetivo é acolher alunos da escola Raul Brasil, familiares e amigos das vítimas, além de estudantes da cidade e outras pessoas que possam ter sido afetadas psicologicamente pelo ataque da última quarta-feira.

Uma equipe multiprofissional estará atuando no local com psicólogos, enfermeiros, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos e psiquiatras. Hoje (16) e amanhã (17), o local estará aberto das 8 às 13 horas para receber as pessoas. O trabalho também será realizado entre segunda (18) e sexta (22), das 8 às 17 horas.

“Nosso objetivo é acolher individualmente cada pessoa que possa ter sido traumatizada com a ocorrência que teve dez vítimas fatais e mais de 20 feridos. O crime afetou a todos os brasileiros, principalmente os suzanenses. Desta forma, atenderemos de forma estratégica e ofereceremos o direcionamento médico”, disse o secretário municipal de Saúde, Luís Cláudio Rocha Guillaumon.

Agência Brasil

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