As lágrimas correram nos troncos da veterana Gameleira. Depois dos vários ataques de vândalos a histórica árvore da Avenida Monsenhor Eduardo não resistiu. O corte foi inevitável.
As imagens do corte, realizado no final da manhã e tarde desta quarta-feira, 29, retratam o fim de uma história centenária. Uma equipe multidisciplinar da Secretaria de Meio Ambiente e do Horto Florestal, monitorou a gameleira desde o último incêndio, registrado na madrugada do dia 17 de outubro – a sentença final.
Não era descartada a possibilidade de supressão da árvore, caso ela não reagisse com a chegada das chuvas. E foi o que aconteceu.
A gigantesca árvore apresentou inclinação, as folhas caíram rapidamente, e o risco de tombamento aumentou. As marcas deixadas pelo fogo nas entranhas da Gameleira mostram o quanto ela resistiu à violência urbana nos últimos anos.
O tronco já estava praticamente oco. Apesar da situação irreversível, quem viu a árvore há décadas passadas, e a vê aos pedaços no chão agora, sente a perda para a história e meio ambiente de Uberlândia.
É o caso do comerciante Carlos Alberto Alves e do marceneiro Renato Almeida. Ambos lamentaram a perda e criticaram a irresponsabilidade das pessoas com o meio ambiente.
A matéria completa você acompanha no Chumbo Grosso 2ª Edição, a partir das 11h40.
Carlos Vilela
Em nota, a Secretaria de Meio Ambiente informou que a decisão de retirar a gameleira foi tomada após uma reunião da equipe de profissionais na última semana. De acordo com o assessor técnico da secretaria de Meio Ambiente, Anderson Alves de Paula, nem mesmo a chegada das chuvas foi suficiente para que a árvore suportasse a agressão.
“Biólogos, engenheiros agrônomos, geógrafos e técnicos florestais estavam acompanhando a inclinação da árvore e entraram no consenso de que, para evitar conseqüências e garantir a segurança da população, não havia outra solução que não seja a retirada da árvore”, disse.
A prefeitura ressalta que nenhuma remoção de árvore é feita sem autorização da equipe multidisciplinar da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbanístico, que avalia todas as situações.
Reforça ainda que, para denunciar, basta entrar em contato com a Polícia de Meio Ambiente, pelo 190, ou junto ao Corpo de Bombeiros, pelo 193. A identidade do denunciante é mantida sob sigilo.