Fonte: Reprodução TV Vitoriosa

Recentemente, o governo de Minas Gerais promulgou a Lei nº 22623, do dia 27 de julho de 2017, que estabelece medidas e procedimentos em casos de violência contra professores. E ocorrências dessa natureza, na região, são muito mais comuns do que o esperado.

Elaine Cristina, presidente do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE) de Uberlândia, explica que foi o problema vai além das ameaças físicas, psicológicas e verbais.

“Além de baixos salários e pouca valorização, ainda um ambiente violento, onde você tem medo de ir para o trabalho, onde as pessoas querem danificar o patrimônio do professor, quer riscar o carro, furar o pneu, acontecem muitas denúncias desse tipo”, explicou.

Um caso recente de violência contra o professor, na região, aconteceu na cidade de Araporã, onde uma professora foi vítima de ofensas racistas por parte de uma mãe.

A presidente do Sind-UTE também disse que o fato de muitos professores não registrarem o boletim de ocorrência só agrava ainda mais o problema. Por exemplo, em 2016, quatro professores de Uberlândia procuraram o sindicato para relatar agressões, mas apenas dois registraram queixa.

“Nós temos inúmeros casos de violência que não chegam a ser registrados. Acontece, também, de nem se chamar a polícia para fazer o boletim de ocorrência. E quando ela chega a procurar o sindicato e a polícia, às vezes ela é até perseguida pela pessoa que agrediu”, disse.

Menos casos em Uberlândia

Segundo dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), 43,8% dos professores da rede estadual de ensino de Minas Gerais já sofreram algum tipo de violência.

Em Uberlândia, segundo a Polícia Militar, o número de casos está diminuindo, em contramão com os atuais índices estaduais. “Em nossa área, na cidade de Uberlândia, nós temos um decréscimo de chamados com relação à agressão a professores”, disse o Sargento Dênis Ferreira, que faz parte da Patrulha Escolar.

Além de promover o Programa Educacional de Resistência às Drogas (PROERD), a PM também promove um projeto que ensina aos alunos uma forma de manter o comportamento adequado, além de outras ações para coibir novos casos de violência.

“É um trabalho conjunto com a escola, Polícia Militar e a Família. Isso tem resultado em comportamentos mais adequados dos alunos”, explicou o Sargento Dênis.

Informações no local: Camila Rabelo

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