Um ofício da Prefeitura de Uberlândia está dando o que falar nos últimos dias: a proibição de música no interior e exterior do Mercado Municipal. A decisão revoltou músicos, comerciantes e os frequentadores do local.
O documento afirma que a medida foi tomada como forma de evitar a poluição sonora no interior e no exterior do local. No entanto, comerciantes e músicos alegam que sempre seguiram as recomendações da própria prefeitura com relação ao volume da música e os instrumentos que podiam ser utilizados.
O ofício também pegou todos de surpresa, o que se tornou outro motivo de reclamação, como foi o caso da empresária Daniela Vasconcelos.
“Nós fomos pegos de surpresa. As estações do mercado começaram há 10 anos e os eventos do mercado já fazem parte do lugar, virou um espaço cultural, um espaço onde as pessoas vem, curtem essa música. Levamos um susto grande, por que nós temos os nossos compromissos. Estamos de mãos atadas”, disse.
Os clientes do próprio Mercado Municipal também não gostaram da medida, como foi o caso Ingredi Braga, que veio de Araxá para conhecer o local.
“Não sei se seria a melhor opção, acho que poderia estudar uma forma diferente, talvez, de não atrapalhar tanto a comunidade em si. Mas tirar não sei se seria o ideal, acho que perde um pouco a ideia, o clima, o ambiente”, disse.
Por fim, os próprios músicos, responsáveis por animar os eventos do Mercado Municipal, também questionaram o ofício da prefeitura e afirmam que continuam sem entender o motivo de uma medida tão drástica.
“Pra nós, que fazemos parte dessa cultura popular e que identificamos como um ponto de referência dessa cultura popular, a gente fica frustrado e indignado com a situação. Ficamos sem entender, por que é um espaço de cultura, um espaço de preservação dessa manifestação, que é a música popular brasileira. Não entendemos essa posição”, afirmou o músico Carlos Silva.
A produção da TV Vitoriosa solicitou nota junto à Prefeitura de Uberlândia sobre o ofício e aguarda resposta.
Informações: Rodrigo Silva