Quase dois milhões de pessoas contrataram planos nos últimos dois anos

Na pandemia, cerca de dois milhões de pessoas contrataram planos de saúde com medo de faltar vaga nos hospitais públicos, mas as operadoras têm sido alvos constantes de reclamações. Em dois anos, houve um aumento 20% na oferta de planos e de 40% nas queixas dos consumidores.

O advogado Rodrigo Araújo, especialista no setor, explica que o cenário ficou favorável às empresas: foi o maior lucro da última década porque, durante a pandemia, o atendimento ficou suspenso para dar prioridade para os casos de covid e, depois disso, muitas pessoas evitaram buscar o ambiente hospital com medo de contrair a covid”.

As operadoras não tiveram do que reclamar, mas o consumidor sim. Os problemas são os mais variados: cobertura, contrato, reajuste, mas o sentimento é quase sempre o mesmo em relação ao planos de saúde: o de decepção no momento em que mais se precisa deles.

É assim que a advogada Gislaine Santos descreve a situação da irmã, Gisele dos Santos, de 34 anos, que está na UTI de um hospital em São Paulo com diagnóstico de pancreatite. Ela foi internada com fortes dores no abdômen: “eles só faziam exame de sangue, foi uma semana e meia fazendo exame de sangue, mas não liberavam para ela fazer uma tomografia”.

Após várias reclamações contra o atendimento, a família preferiu transferi-la para outro hospital, e o plano negou. Depois que nossa equipe entrou em contato, o Hospital Luz informou que agora a transferência foi autorizada, mas isso não significa que os problemas da Gisele e dos quase 50 milhões de brasileiros que têm planos acabaram

“O consumidor pode esperar, para este ano de 2022, um aumento muito maior dos planos de saúde”, diz o especialista Rodrigo Araújo. Ele estima um reajuste de, no mínimo, 16%.

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