O Ministério Público de MG cumpriu em Uberlândia um mandado de busca e apreensão contra o advogado Darcy José Royer. A ação foi no Bairro Lagoinha. Segundo denúncia ele suspeito de integrar uma quadrilha de estelionatários que praticou golpe milionário contra uma cooperativa de planos de saúde. Além de Darcy, também foi preso o advogado Edilson Figueiredo de Souza, em Brasília, e Daniel Ângelo de Paula e Manoel José Edvirgens dos Santos, em Salvador, na Bahia..

A prisão de Royer faz parte da Operação Palhares, deflagrada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro em quatro estados brasileiros – RJ, MG, Brasília e Bahia. Além do suspeito em Uberlândia, outros quatro investigados são suspeitos de praticar uma série de crimes para obter dinheiro, desde 2012.

Como funcionava o esquema??

De acordo com as investigações, o grupo forjava créditos da Receita Federal de milhões de reais (que não existiam) e os vendia pela metade do valor para as empresas reduzirem as suas dívidas junto à Receita. O sigilo bancário dos presos e sociedades empresárias constituídas para lavar capitais movimentaram aproximadamente R$ 500 milhões.

Segundo a polícia, um dos golpes praticados pelo grupo causou um prejuízo de R$ 17,6 milhões à Unimed de Petrópolis, na Região Serrana. A empresa celebrou em 2012 contrato de compra e venda de ativos financeiros sem saber que se tratava de acordos fraudulentos. A transação foi feita com um escritório de advogados situado na Bahia. A empresa fraudulenta fez um suposto crédito junto à Receita Federal em um contrato que não existia, ocasionando prejuízo milionário à Unimed. As investigações apontam que as irregularidades foram praticadas entre setembro de 2012 e abril de 2017.

 

Envolvimento de Darcy Royer

Segundo a polícia, Darcy era superintendente da cooperativa médica, e representava nos contratos e tinha como função ludibriar os diretores do conselho de administração com relação às supostas vantagens do contrato de cessão de créditos tributários fictícios, apresentando em assembleia documentos falsos para conferir veracidade à execução do contrato.

Já Daniel era o operador financeiro da organização criminosa, com a função de receber e dar destino a grande parte do dinheiro pago pela Unimed à quadrilha. Os presos serão levados para a Cidade da Polícia, no Jacarezinho, na Zona Norte do Rio.

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