Testemunhas e réus serão ouvidos pela justiça pra definir se o caso do massacre escolar em Suzano vai à júri popular, nos próximos dias. O caso ocorreu no dia 13 de março, quando dois atiradores invadiram a escola Raul Brasil em Suzano, na grande São Paulo. Dez pessoas morreram, incluindo os dois atiradores: Guilherme Monteiro de 17 anos, e Luiz Henrique de Castro de 25, ambos ex-alunos da instituição. (Relembre o caso)
Quatro homens foram presos suspeitos de terem fornecido as armas e munições utilizadas no ataque. Eles respondem por oito assassinatos e onze tentativas de homicídio. Um menor, considerado mentor intelectual do ataque, também foi apreendido.
Após a tragédia, muros e portões da escola foram reforçados, porém o trauma ainda é grande para aqueles que presenciaram o massacre: “Fica marcado. Dá pra superar, superar dá… Mas, esquecer, é impossível esquecer isso”, disse a aluna Rhillary, que ficou de frente com um dos atiradores e lutou para sobreviver.
A prefeitura de Suzano alega que 400 pessoas ligadas, direta ou indiretamente, ao ataque passaram por assistência psicóloga nos equipamentos municipais, já o estado afirma que foram 572 atendimentos a alunos, pais e professores, e que o apoio continua sendo dado.
Os pais dos alunos da Raul Brasil, entretanto, alegam que o atendimento psicológico oferecido pelo poder público não é o suficiente, e que quando acontecem, são impessoais e ineficazes para tratar por quem passou por um trauma tão grande: “A escola tem aí, três psicólogos, porém eles não atuam como psicólogos porque não tem um tratamento separado, então, é tudo coletivo”, declarou Fabio Vilela, da comissão de pais.
SBT