Seis pessoas foram presas nesta terça-feira, 30, pela Polícia Civil de Minas Gerais em Frutal numa operação que apreendeu 1,5 tonelada de maconha. De acordo com a PC, os presos são suspeitos de integrarem uma quadrilha especializada em tráfico internacional de drogas. A maconha, avaliada em R$ 1 milhão, foi encontrada no fundo falso de um caminhão boiadeiro.

Conforme as investigações, dois presos da penitenciária Professor Soares Albergaria, na região metropolitana de Belo Horizonte, são os chefes da quadrilha e comandam o tráfico de lá. Eles são um homem, de 31 anos, conhecido como “Betinho”, do Bairro São Francisco, na região da Pampulha, e um comparsa, de 27 anos, conhecido como “Peixinho”, do aglomerado da Serra, na região Centro-Sul de Belo Horizonte. Eles se comunicavam com os comparsas durane as visitas na cadeia, por meio de bilhetes, recados e telefonemas feitos em celulares de dentro do presídio.

Nesta terça-feira, 30, os seis presos foram apresentados. Os dois chefes do tráfico e mais quatro integrantes do grupo criminoso, que foram pegos em Frutal, no Triângulo Mineiro, no último dia 25.

Segundo o delegado Marcus Vinícius Lobo Leite Vieira, do Departamento Estadual de Operações Especiais (Deoesp), “a maconha estava escondida em um fundo falso de um caminhão tipo boaideiro, que vinha da cidade de Pedro Juan Caballero, no Paraguai e seria vendida a grandes traficantes de BH”.

A droga entrava no país pela cidade de Ponta Porã, no Mato Grosso, na fronteira com o Paraguai, evitando as rotas pelo estado de São Paulo. Outras pessoas que gerenciam o tráfico já foram identificadas pela Polícia Civil e poderão ser presas em breve.

Ainda segundo o delegado, as investigações dão conta de que a droga era levada para Minas Gerais a cada três meses.

Foram apreendidas 1.300 barras de maconha, que renderiam, no mínimo, R$ 1 milhão ao tráfico de drogas. Todos os presos responderão por tráfico de drogas e associação para o tráfico. O motorista do caminhão, que a Polícia Civil acredita ter sido contratado só pela “corrida”, responderá por apenas por tráfico.

A Secretaria de Administração Prisional (Seap) já tomou conhecimento das denúncias feitas contra os presos e iniciou uma apuração interna para saber se as informações são verdadeiras. A Seap declarou que não possui bloqueador de sinal de telefone, mas que todas as cartas recebidas pelos detentos passam por um processo de triagem interna.

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