Todos os envolvidos na confusão do Bairro Jardim Europa na madrugada desta segunda-feira, 11, que terminou na morte de uma mulher e deixou um homem baleado, foram conduzidos para a Delegacia para prestar esclarecimentos. Tanto os baleados quanto o sargento da Polícia de Meio Ambiente, que atirou nas vítimas, foram conduzidos presos.

No caso do sargento Ronaldo Martins, ele foi levado para a Polícia Civil por lesão corporal, porque a mulher ainda não havia morrido. Porém o quadro de Jusceli dos Santos Cruvinel, de 51 anos evoluiu para óbito, e o militar foi autuado em flagrante por homicídio. Ele está no batalhão da Polícia Militar à disposição da justiça.

O crime

Jusceli dos Santos Cruvinel tinha 51 anos

Uma confusão entre vizinhos por causa de som alto terminou em homicídio. Jusceli dos Santos Cruvinel foi morta a tiros e Antônio Marques Pereira, de 55 anos, baleado duas vezes, na Rua Gênova, Bairro Jardim Europa. A briga teria começado quando o policial militar de meio ambiente, sargento Ronaldo Martins, reclamou do som alto em uma festa.

As imagens são de telefone celular e mostram o momento da confusão. Na casa de Jusceli ocorria um chá de bebê. O sargento mora na casa ao lado e se sentiu incomodado pelo som e chamou a Polícia Militar. Nove pessoas foram ouvidas ontem à tarde na delegacia de Polícia Civil. São pessoas que estavam na festa e também vizinhos. Jusceli foi atingida por dois disparos sendo um na cabeça e outro no abdômen.

Sem mostrar o rosto algumas pessoas gravaram com a nossa equipe de reportagem. Uma mulher contou em detalhes o que viu. Segundo ela, depois que a viatura da PM foi embora após notificar os moradores por conta do som alto, Jusceli foi conversar com o sargento Ronaldo na casa dele. Bateu no portão e o homem teria saído já armado. Houve luta corporal com ela e Antonio Pereira, que tentou defender a vizinha.

Na versão desta vizinha, Jusceli foi baleada e caiu. Logo depois o sargento deu mais dois tiros. Antonio lutou com o policial e foi baleado duas vezes, na perna e quadril. Ele foi atendido e não corre risco de morte.

O comando da Polícia Militar de Meio Ambiente conversou com o sargento depois do fato. Segundo o capitão Jean Fabrício Pavão, o militar contou ter agido em legítima defesa depois que aproximadamente 20 pessoas invadiram a casa dele. Ele teria se armado primeiro com um pedaço de madeira e depois, ao ver que eram muitos invasores, armou-se com o revólver em legítima defesa e do filho, de 14 anos.

O sargento Ronaldo Martins se mudou para o bairro a cerca de três meses.

Mulher morre a tiros após confusão em casa de policial no Bairro Jardim Europa

Veja os depoimentos completos na reportagem de Fernando Souza

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